Rio Grande do Sul registra crescimento no número de startups e empregos em inovação; veja detalhes

O empreendedorismo tecnológico avança no Rio Grande do Sul. Dados da Rede RS Startup, Programa da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Estado mostram que o Estado abriga 1.969 startups. O número é quase o dobro do registrado em 2022, quando o RS rompeu a barreira de 1 mil startups.

Atualmente, a Região Metropolitana e o Litoral Norte lideram, com 1.105 startups, enquanto a Serra ocupa a segunda posição em densidade, com aproximadamente 240 startups. Com o crescimento no número de empresas escaláveis e inovadoras há o aumento no número de empregos, que é resultado ainda de incentivos à atuação no segmento da tecnologia e inovação.

E a inovação vai além da informática em si. Entre os setores analisados pela Rede RS Startup, destacam-se farmacêutica, informática, eletrônicos e produtos ópticos, máquinas e equipamentos, químicos, veículos automotores e autopeças.

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Empregos

De acordo com mapeamento dos setores de alta e média-alta intensidade tecnológica realizados pelo Observatório da Inovação da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, utilizando dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Estado deu um salto em empregos na área. O levantamento, com base nos números de dezembro de 2023, identificou 147.270 profissionais formais atuando em atividades desses segmentos no Estado, representando 5,4% do total de empregos formais.

Dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), mostram que os empregos em inovação e tecnologia cresceram 468% no Rio Grande do Sul no período de janeiro a outubro de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023. Segundo o Caged, o saldo de postos de trabalho no setor foi de 809 empregos no recorte de 2023. Já no mesmo intervalo de 2024, foram 4,6 mil novas vagas de emprego na área.

Para a secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Simone Stülp, esses números reforçam o papel estratégico do Estado como um polo de inovação e tecnologia no Brasil e evidenciam uma economia em transição para maior complexidade e valor agregado. No entanto, ainda existem desafios. Um deles é a necessidade de qualificação da mão de obra e a ampliação do acesso ao mercado global.

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Educar e qualificar

Fundação Liberato é uma das instituições da região que atendem às novas demandas do mercado de trabalho | abc+



Fundação Liberato é uma das instituições da região que atendem às novas demandas do mercado de trabalho

Foto: Fundação Liberato/Divulgação

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Na região existem universidades, com cursos e parques tecnológicos, e outras instituições de ensino como o Senai e a Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, em Novo Hamburgo, que incentivam o acesso às áreas da tecnologia e inovação.

O diretor da Fundação Liberato, José de Souza, destaca que a instituição tem buscado desempenhar um papel fundamental na valorização da qualificação profissional, repensando a preparação de estudantes para atender à crescente demanda por profissionais na área tecnológica.

“Acreditamos que a Fundação Liberato possui esse DNA e a história da instituição demonstra isso. Diante do crescimento de empregos e empreendimentos tecnológicos no Estado em 2024, a instituição tem se dedicado para a implementação de melhorias e modernização dos cursos e da infraestrutura, visando oferecer um ensino atualizado e alinhado às necessidades do mundo do trabalho.”

Entre os principais investimentos realizados na Fundação, Souza cita o Projeto de Modernização Institucional, que está viabilizando a aquisição de novos equipamentos para os cursos técnicos, promovendo a atualização dos laboratórios e aprimorando a formação técnica dos estudantes.

“A Fundação Liberato contribui diretamente para a qualificação profissional ao oferecer cursos atualizados e alinhados às demandas do mercado de trabalho, garantindo que os estudantes saiam preparados para atuar nas novas oportunidades geradas pelo crescimento do setor tecnológico. A modernização dos laboratórios e a aquisição de novos equipamentos possibilitam um aprendizado prático, essencial para a formação de profissionais qualificados”, reforça o diretor da Liberato.

Souza também ressalta a importância de um esforço conjunto e o apoio de diversos setores. “Enfrentar esses desafios exige um esforço conjunto e o apoio de diversos setores. O suporte recebido do governo do Estado, por meio da secretaria Estadual de Educação, da Casa Civil, da secretaria da Fazenda e de outros setores, é fundamental para garantir melhorias contínuas, possibilitando avanços na infraestrutura, atualização de equipamentos, contratação de recursos humanos e ampliação do acesso à educação técnica de qualidade”, lembra.

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Ações do governo do Estado

O governo do Estado tem realizado diversas ações de fomento aos negócios na área da inovação.  Por meio da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict), o RS regulamentou a concessão de bolsas de estímulo à inovação, na modalidade de Bolsa de Inovação, Ciência e Tecnologia (Bict), destinada a técnicos, graduandos, graduados, especialistas, mestres e doutores.

O Decreto nº 58.007 foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) no final de janeiro (leia o decreto aqui). Os objetivos são a formação e a manutenção de recursos humanos em áreas estratégicas e a atuação em equipes de execução de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação voltados para a produção de conhecimento científico, desenvolvimento tecnológico e inovação produtiva.

“Este é um importante mecanismo para seguirmos fomentando a atração e manutenção de talentos no Rio Grande do Sul. “Além disso, é uma regulamentação da nossa Lei Gaúcha de Inovação, que prevê a concessão de bolsas de estímulo à inovação”, afirma a secretária Simone.

A seleção dos candidatos será realizada por meio de chamamento público. A bolsa será paga mensalmente pela Sict e terá como referência, preferencialmente, os valores das bolsas correspondentes pagas pelas agências oficiais de fomento à pesquisa, sobretudo aqueles praticados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs). Elas terão duração mínima de 1 e máxima de 60 meses a depender do projeto aprovado e do respectivo edital ao qual estiver vinculada.

A concessão da Bict será disciplinada por um órgão colegiado e será executada conforme disponibilidade orçamentária e financeira da Sict.

 

 

 

 

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