EXCLUSIVO: O que diz o CC da Fundação de Saúde investigado na invasão da conta Gov.br da ex-prefeita de Novo Hamburgo

A operação da Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos e do Instituto-Geral e Perícias (IGP) desencadeada nesta quarta-feira (12) para apurar a invasão da conta Gov.br da ex-prefeita de Novo Hamburgo, Fatima Daudt (MDB), cumpriu mandados de busca e apreensão em dois endereços: a sede da Prefeitura e a residência de administrador de 52 anos localizada no bairro Boa Vista.

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Polícia Civil e IGP cumpriram mandado de busca e apreensão no Centro Administrativo de Novo Hamburgo | abc+



Polícia Civil e IGP cumpriram mandado de busca e apreensão no Centro Administrativo de Novo Hamburgo

Foto: Isaías Rheinheimer/GES-Especial

O homem ocupava cargo em comissão no governo da ex-prefeita e foi exonerado na metade do ano passado. A atual companheira dele, de 55 anos, também era CC no governo.

No início da manhã desta quarta, agentes vindos de Porto Alegre invadiram a casa onde vive o casal em busca de computadores e celulares que poderiam ter sido utilizados para acessar dados sigilosos da ex-prefeita.

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No início da noite o investigado conversou por telefone com o Grupo Sinos. Ele concordou em dar entrevista sob condição de anonimato. Alega não ter qualquer relação com o crime e diz estar tranquilo. “Tanto que nem advogado eu tenho, não preciso. Posso provar que não tenho relação com nada disso”, garante.

O receio do investigado é perder o cargo em comissão que ocupa desde o fim de janeiro na Fundação de Saúde de Novo Hamburgo (FSNH). Trabalha no Hospital Municipal e recebe R$ 6,4 mil brutos. A remuneração líquida é de R$ 5 mil. Está no cargo por indicação de um vereador.

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O investigado alega que estava na praia até 12 de janeiro. Voltou para providenciar a papelada da contratação na Fundação de Saúde. Antes de começar a trabalhar, no dia 22, ainda descansou mais alguns dias à beira da Lagoa dos Patos. “Segundo a polícia, teve um acesso [à conta Gov.br da ex-prefeita] aqui no meu endereço, mas foi no período em que eu estava fora”, garante.

O homem disse ao Grupo Sinos que os policiais apreenderam um computador e os celulares dele e da companheira. “Ficaram um tempo aqui, ligaram e mexeram. Mas não encontraram nada. Viram que o acesso não partiu dos IPs dos aparelhos aqui de casa. Levaram [computador e celulares] porque vão fazer perícia, mas já disseram que não acharam nada errado”, contou.

A suspeita do CC investigado é de armação política. “Se alguém para um carro na frente da minha casa e faz algum acesso pelo celular, vai aparecer como sendo no meu endereço. E acredito que tenha acontecido isso mesmo”, destaca o homem, que trabalhava em um setor distante do Centro Administrativo.

“Não tinha o menor contato com a prefeita, nunca tive nenhum problema com ela e não teria motivo para fazer esse tipo de coisa. Nem conhecimento pra isso eu tenho. Mexer em computador não é comigo”, afirmou. O investigado reafirmou que está à disposição das autoridades para colaborar com o que for preciso.

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