Semae aguarda recursos para seguir obra da ETE Pradinho no bairro Cristo Rei

O Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae) aguarda a confirmação da vinda de empenhos federais para dar continuidade à obra da ETE Pradinho, que iniciou em meados de novembro do ano passado, pelo bairro Cristo Rei, em São Leopoldo. 

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Equipes trabalham em acabamentos de calçadas nas ruas onde houveram intervenções



Equipes trabalham em acabamentos de calçadas nas ruas onde houveram intervenções

Foto: Priscila Carvalho/GES-Especial

Há um mês, o diretor-geral do Semae, Gabriel Dias, esteve reunido com representantes do Ministério das Cidades, em Brasília, para solicitar a liberação de recursos à obra – cujo projeto está orçado em R$ 76 milhões. “A reunião foi muito boa, porque, para nossa surpresa, embora o ministro (Jader Barbalho Filho) seja do Pará, o chefe de gabinete é do Rio Grande do Sul, conhece a nossa região e ficou de agilizar os empenhos. Só não foram feitos ainda, porque o orçamento federal está fechado”, explicou Dias, lembrando que, com a volta dos trabalhos no Congresso Nacional, a Lei Orçamentária Anual (LOA) 2025 já está em pauta.

A previsão, segundo o site do Senado, é que a votação da LOA ocorra na próxima quarta-feira (19). “A partir da votação da LOA federal, a gente já deve ter alguma novidade”, estimou o diretor-geral, destacando que o empenho é a garantia da reserva do recurso federal.

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Acabamentos

Hoje, segundo o gestor, a obra está em ritmo lento, em razão de não se ter mais empenhos. “Se a gente tocar ela no ritmo que estávamos, precisamos de R$ 1,5 milhão por mês de empenhos. Eu pedi (na reunião) um valor referente para um ano, mas vamos ver o que vamos conseguir”, ponderou.

Enquanto isso, as equipes da empresa Encosan Engenharia, Construções e Saneamento – vencedora da licitação para realizar a obra – trabalham nos acabamentos de calçadas e finalização de intervenções em ruas. “Foi uma combinação que fizemos com os moradores: de que não abriríamos mais vala nenhuma antes de serem terminadas aquelas que estavam abertas”, colocou Dias.

O diretor também lembrou que o cronograma de obras está dentro do planejado e que aguarda verbas para que ela possa seguir normalmente. “Enquanto não vierem os recursos, não vamos mais abrir buracos”, reforçou.

“O pior já passou”

As primeiras intervenções da obra, ainda no ano passado, no bairro Cristo Rei, causaram descontentamento em moradores, por conta dos buracos deixados em ruas, calçadas, além de vazamentos, entre outros.

Atualmente, as vias estão recebendo acabamentos nos pontos onde foram abertas valas. Na segunda-feira (10), entre os serviços executados, equipes trabalhavam na recolocação de pedras nas calçadas afetadas na Rua Nóbrega.

“Eu mesmo comprei a pedra pra colocar na calçada, porque como minha pedra é diferente, poderia demorar. Então, pra evitar de ficar buraco, já comprei e eles estão colocando no lugar pra mim”, disse o morador Willian Jacques da Silva, 43 anos, enquanto acompanhava a execução do trabalho pelos operários.

Ele comentou que nos últimos meses, com a realização da obra, além dos estragos em calçadas, houve bloqueio de várias vias, dificultando os acessos de moradores. “Fechavam as ruas em vários pontos. Para eu chegar na minha casa, tinha que passar de carro por cima das calçadas”, contou. Agora, a situação melhorou: “O pior já passou”.

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Empresa fechou buracos abertos em ruas do bairro Cristo Rei para obra da ETE Pradinho



Empresa fechou buracos abertos em ruas do bairro Cristo Rei para obra da ETE Pradinho

Foto: Priscila Carvalho/GES-Especial

Associação acompanha ações e exalta cumprimento de combinado

Representantes da Associação de Moradores do Bairro Cristo Rei, o vice-presidente, Adelino Vargas Barbosa, e a 1ª secretária Rosana Schwertner, acompanham todos os movimentos referentes à obra e elogiam o cumprimento do que foi acordado nos últimos encontros com o Semae.

“O Gabriel (Dias, diretor-geral da autarquia) disse que a obra não teria continuidade enquanto os problemas não fossem sanados. Ele chamou a empresa, mostrou todos os problemas e a empresa não está fazendo nenhuma abertura de novos valos, estão corrigindo o trabalho que foi feito e que não foi fechado”, confirmou Barbosa. “Enquanto associação, estamos tranquilos, porque estamos vendo que a obra está sendo corrigida e isso pra nós é muito importante”, acrescentou, ressaltando que, quando as intervenções começaram, apenas foram abertos buracos pelas ruas e calçadas, causando diversos prejuízos para os moradores.

“Demoraram a nos receber. Agora, a gente tem um canal de comunicação, através do Gabriel, que se prontificou em vir aqui toda vez que precisar, e colocou à disposição uma comissão interna do Semae para participar dessas negociações”, ponderou o vice-presidente. Barbosa também disse que a associação está elaborando um documento para entregar ao Semae e prefeitura, com pedidos para serviços que restaram mal-executados. 

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