“Um morde e assopra”: A taxa sobre o aço vai seguir adiante? Entenda cenário após medida de Trump

As novas tarifas de 25% dos Estados Unidos sobre todas as importações de aço e o alumínio já estão valendo. O Brasil é diretamente afetado pela medida do governo de Donadl Trump, afinal, o nosso País é uma das principais fontes importadoras do segmento. Em 2024, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de aço para os EUA, em volume, segundo dados do Departamento de Comércio americano.

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Tarifaço de Trump atinge indústria do aço | abc+



Tarifaço de Trump atinge indústria do aço

Foto: Divulgação/Poder 360

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Os anúncios de tarifaços têm sido frequentes na atual gestão de Trump, assim como ocorreu no primeiro mandato do presidente norte-americano. E será que desta vez as medidas irão se manter? Quais as consequências da taxação para o Brasil?

Segundo o vice-presidente de Economia da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom, Estância Velha e Dois Irmãos (ACI-NH/CB/EV/DI), André Momberger, o mercado global vive um momento de incerteza.

“Na minha visão, essa estratégia do Trump é bastante errática, é um morde e assopra todos os dias. Entra tarifa, sai tarifa. Vai ser, 20%, 25%, vai ser 50%, 100%. É um festival de ameaças. Com tanta bravata no meio do processo o mercado acaba não tendo mais certeza de nada e isso mexe com a economia de modo geral, com a bolsa de valores. Não se tem certeza do que irá se manter, o que será prorrogado. E não sei se ingenuamente ou se representa uma certa prepotência de imaginar que não haverá retaliação de volta”, explica Momberger.

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O especialista lembra que em 2018 houve o mesmo anúncio de tarifação sobre o aço e alumínio. Na época, após negociações, se chegou a um acordo para isentar o Brasil da taxa, desde que respeitadas as cotas de entrada de 3,5 milhões de toneladas de semiacabados e
687 mil toneladas de laminados por ano.

“No primeiro mandato Trump fez isso e as consequências não foram boas nem para o Brasil e nem para Os Estados Unidos.  Os países entraram em negociação e as coisas se ajeitaram. E eu acho que é isso que vai acontecer de novo. A indústria americana do aço era ultrapassada há 7 anos atrás e hoje é mais ainda. Os EUA não tem como dar conta, eles precisam do resto do aço do mundo”, observa o vice-presidente de Economia da ACI.

A medida, caso siga em validade, irá afetar inclusive valores de produtos como automóveis. Já para empresas do setor de aço e alumínio que tem fabricação dentro dos Estados Unidos, a ação acaba sendo benéfica.

“Para quem produz fora dos Estado Unidos vai dificultar, terá queda nos negócios, acaba sendo um processo natural. Mas temos empresas como a Gerdau, que 60% da sua produção é nos EUA, e que deve aumentar sua capacidade de venda por lá”, detalha Momberger.

 

 

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