XP, famosa por aversão ao Bitcoin, é acusada de ser pirâmide

Enfiar COEs goela abaixo dos clientes, girar a carteira e praticar malabares com objetivo de rentabilizar, mas para os assessores. São essas acusações que enfrenta a A XP Inc., uma das maiores instituições financeiras do Brasil e famosa por ter uma aversão ao Bitcoin. A XP enfrenta acusações de operar um esquema de pirâmide financeira.

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Conforme alega relatório da Grizzly Research, empresa norte-americana de análise, a XP sustenta seus lucros por meio de práticas questionáveis envolvendo o fundo Gladius e a venda de Certificados de Operações Estruturadas (COEs).

De acordo com o relatório, o fundo Gladius apresentou um retorno impressionante de 2.419% nos últimos cinco anos, com baixa volatilidade.

COEs são o segredo do sucesso mas não para investidores, acusa relatório

A Grizzly Research questiona a legitimidade desses resultados, sugerindo que eles são impulsionados pela venda agressiva de COEs a clientes de varejo.

Esses produtos financeiros complexos combinam elementos de renda fixa e variável, oferecendo diferentes cenários de retorno. Contudo, os rendimentos são questionáveis e a XP recebe uma remuneração de até 1,7% ao ano dos bancos emissores pela distribuição desses COEs.

Fontes internas consultadas pela Grizzly Research afirmam que o sucesso do Gladius depende da contínua venda desses produtos.

Caso o fluxo de novos investimentos diminua, o esquema poderia desmoronar, deixando a XP com obrigações financeiras significativas que não conseguiria cumprir. Essas fontes chegaram a comparar o fundo a um esquema de pirâmide semelhante ao de Bernie Madoff.

A XP já enfrentou acusações semelhantes de operar como pirâmide no passado. Em fevereiro de 2024, investidores processaram a corretora, alegando práticas abusivas que resultaram em prejuízos milionários.

As acusações incluíam a promoção de operações alavancadas em COEs sem o devido conhecimento dos clientes, prática conhecida como “churning”.

XP e Bitcoin

Além disso, a relação da XP com o Bitcoin tem sido controversa. Recentemente, a Méliuz, empresa na qual a XP possui participação acionária, anunciou a alocação de até 10% de seu caixa em Bitcoin, adquirindo 45,72 BTC a um preço médio de US$ 90.296,11 por unidade.

Fontes próximas ao conselho da Méliuz indicaram ao BlockTrends que a XP, uma das acionistas, não teria aprovado essa decisão. Portanto, reforçando sua postura cautelosa em relação às criptomoedas.

Em resposta às acusações da Grizzly Research, as ações da XP registraram uma queda de 2,87% na Nasdaq. Até o momento, a XP não se pronunciou oficialmente sobre o relatório.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e outras autoridades regulatórias podem iniciar investigações para apurar a veracidade das alegações e garantir a proteção dos investidores.

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