BitBonds: proposta sugere compra de Bitcoin com dívida pública dos EUA

A economia global está passando por rápidas transformações, e o governo dos Estados Unidos está buscando soluções inovadoras para lidar com sua crescente dívida pública. Desse modo, o mundo conheceu a ideia dos BitBonds no Bitcoin Policy Institute (BPI), um “think tank” em Washington, D.C., que sediou a cúpula “Bitcoin For America”.

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Quem apresentou a estratégia foi Andrew Holmes, fundador da NewMarket. Segundo ele, os BitBonds visam reduzir as taxas de juros dos títulos públicos, fortalecer a poupança das famílias americanas e, ao mesmo tempo, amortizar a dívida nacional.

Conheça os BitBonds

A ideia central dos BitBonds é simples, mas ambiciosa: usar parte dos recursos levantados na emissão dos títulos para comprar Bitcoin e permitir que investidores compartilhem a valorização do ativo digital ao longo do tempo.

Se implementada, essa abordagem pode mudar radicalmente a forma como o Tesouro financia suas operações e como os americanos investem em títulos públicos.

Atualmente, os Estados Unidos enfrentam um desafio econômico significativo. São US$ 9,3 trilhões em dívida federal vencendo nos próximos 12 meses, com taxas de juros significativamente mais altas do que nos últimos anos.

O custo crescente para refinanciar essa dívida representa um fardo para os contribuintes e exige uma abordagem inovadora para evitar uma crise fiscal prolongada.

O presidente Donald Trump e o secretário do Tesouro Scott Besant indicaram sua intenção de diminuir as taxas de juros dos títulos de 10 anos, que influenciam diretamente os custos de hipotecas, empréstimos para automóveis e outros financiamentos.

Além disso, a recente criação da Reserva Estratégica de Bitcoin dos EUA mostrou que o governo busca integrar o ativo digital às suas políticas econômicas.

Os BitBonds surgem, então, como uma proposta para atingir esses objetivos ao mesmo tempo em que introduzem um novo modelo para o mercado de títulos do Tesouro.

Como Funcionam os BitBonds?

A estrutura dos BitBonds combinam características dos títulos públicos tradicionais com a valorização do Bitcoin ao longo do tempo. O plano proposto por Andrew Holmes segue o seguinte formato:

Emissão de US$ 2 trilhões em BitBonds

  • 10% dos recursos captados (US$ 200 bilhões) seriam usados para comprar Bitcoin.
  • 90% seriam usados para os gastos tradicionais do governo.
  • Estrutura de Retorno para os Investidores

Os BitBonds pagariam apenas 1% ao ano de juros fixos, muito abaixo da taxa atual de 4,5% dos títulos do Tesouro de 10 anos.
No vencimento dos títulos (após 10 anos), os investidores receberiam 4,5% ao ano de retorno garantido antes de qualquer participação nos ganhos com Bitcoin.

Após esse retorno fixo, os investidores teriam direito a 50% da valorização do Bitcoin adquiridos pelo Tesouro, enquanto o governo manteria os outros 50%.

Economia para o Governo

O Tesouro economizaria cerca de US$ 70 bilhões por ano em juros ao substituir títulos convencionais por BitBonds, resultando em US$ 700 bilhões em economia ao longo de 10 anos.

Mesmo considerando o custo de compra de Bitcoin (US$ 200 bilhões), a economia líquida para os contribuintes ainda seria de US$ 354 bilhões.

Se implementados, os BitBonds poderiam redefinir completamente a estrutura da dívida pública americana. A análise de Andrew Hones aponta que, com base no histórico de valorização do Bitcoin, essa estratégia poderia reduzir drasticamente a taxa de juros da dívida pública de 4,5% para 1%.

Além disso, poderiam diminuir os custos de financiamento para hipotecas, empréstimos estudantis e financiamento de pequenas empresas. Pois a queda nos juros dos títulos do Tesouro afeta o mercado de crédito como um todo.

Por fim, criar um mecanismo sustentável para reduzir a dívida pública americana, com potencial de quitar toda a dívida até 2045. Caso a valorização do Bitcoin mantenha sua taxa de crescimento histórica.

Além dos benefícios fiscais, os BitBonds também abririam uma nova oportunidade para as famílias americanas, defendeu Holmes. Com um investimento médio de US$ 2.900 por família, os BitBonds poderiam gerar um retorno acumulado entre 7% e 17% ao ano. Dependendo da valorização do Bitcoin.

E como seriam isentos de impostos sobre juros e ganhos de capital, representariam uma ferramenta poderosa de proteção contra a inflação e de criação de riqueza.

Potencial de adoção e apetite institucional

Os BitBonds também teriam forte apelo entre investidores institucionais e estrangeiros, que atualmente já utilizam títulos do Tesouro dos EUA como colateral para operações de financiamento global. Além disso, empresas como a Tether, maior emissora de stablecoins do mundo, já possuem grandes volumes de títulos públicos americanos, e poderiam ser compradoras naturais desses novos papéis.

A proposta também poderia atrair o interesse de fundos de pensão e seguradoras, que buscam ativos com retornos atrativos e proteção contra a inflação.

Além disso, como a alocação de Bitcoin seria feita de forma institucional, o governo poderia se tornar um dos maiores detentores da criptomoeda, consolidando ainda mais sua posição como ativo estratégico.

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