Hermès abraça herança de exclusividade em desfile luxuoso, porém óbvio

O inverno parisiense só fica completo com algumas presenças especiais, e da Hermès é uma delas. No Paris Fashion Week de outono/inverno 2025, a grife apresentou uma coleção que demonstrou o motivo de ela ir na contramão da desvalorização do mercado de luxo, impondo sua exclusividade a partir dos materiais e visuais. O resultado, porém, apesar de vistoso, não surpreende e deixa a desejar na criatividade.

Vem conferir!

Mantendo a reputação que constrói há gerações, a Hermès desfilou uma coleção de inverno elegante e sofisticada, apegada à estética “equestre” e a itens ligados ao cenário de estábulo construído como passarela. A coleção utilizou uma paleta de cores terrosas, com tons de grafite e carvão, combinados com um verde vibrante.

O universo equestre foi tema central, com selarias reinterpretadas em diferentes peças e botas de montaria dominando os calçados. A coleção uniu elementos femininos e masculinos, apresentando cortes precisos e silhuetas confortáveis. O artesanato foi pilar na construção das peças, como no casaco que se transforma em manta, luvas sem dedos e jaquetas versáteis para diferentes cenários.

A Hermès, fiel à sua tradição, reforçou a tendência preppy e o estilo old money, com uma visão de luxo inegavelmente elegante, mas talvez sem grandes surpresas para os observadores mais atentos. A abordagem, porém, é segura para o momento positivo vivido pela grife.

Exclusividade da Hermès

Com a febre cíclica da Birkin nas últimas décadas — sem falar nas inúmeras réplicas que surgiram recentemente —, a grife, ainda sob comando dos descendentes do fundador Thierry Hermès, segue apostando na combinação de cores e tecidos para reforçar o luxo e a herança centenária nos itens que fazem parte de um dos catálogos mais exclusivos do mercado.