Após 4 meses, polícia conclui inquérito sobre assassinato de Gritzbach

São Paulo — A força-tarefa da Secretaria da Segurança Pública (SSP) anunciou nesta sexta-feira (14/3) que concluiu o inquérito policial referente ao assassinato de Vinícius Gritzbach, executado a tiros no aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, no dia 8 de novembro.

Gritzbach foi assassinado com dez tiros de fuzil quando desembarcou de um voo, vindo de Alagoas, no Aeroporto Internacional de São Paulo, na região metropolitana.

Cerca de quatro meses depois, em coletiva de imprensa nesta sexta, o secretário-executivo de Segurança, Osvaldo Nico, anuncia a conclusão do inquérito e detalhou as informações coletadas durante o período de investigação. Ao todo são seis indiciados, sendo três PMs presos.

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Gritzbach chegou a ser preso, mas acabou liberado

Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC
O delator do PCC foi preso em 2 de fevereiro deste ano em um resort de luxo na Bahia
Empresário, preso sob suspeita de mandar matar integrantes do PCC, foi solto por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
Corpo de rival do PCC executado no aeroporto
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Antônio Vinícius Lopes Gritzbach voltava de uma viagem com a namorada quando foi executado na tarde de 8 de novembro, na área de desembarque do Terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo

Câmera Record/Reprodução

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Gritzbach chegou a ser preso, mas acabou liberado

TV Band/Reprodução

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Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC

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O delator do PCC foi preso em 2 de fevereiro deste ano em um resort de luxo na Bahia

Reprodução/TV Band

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Empresário, preso sob suspeita de mandar matar integrantes do PCC, foi solto por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ)

Divulgação

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Corpo de rival do PCC executado no aeroporto

Leonardo Amaro/ Metrópoles

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Corpo de rival do PCC morto em desembarque de aeroporto

Leonardo Amaro/ Metrópoles

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Delator do PCC foi morto no Aeroporto de Guarulhos

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Corpo de rival do PCC morto em desembarque de aeroporto

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PMs envolvidos

Três policiais militares que compuseram a equipe de seguranças do corretor de imóveis de Vinícius Gritzbach, foram indiciados por dois homicídios, duas tentativas de homicídios e por associação criminosa.

A pena de cada um pode ultrapassar os 100 anos de prisão, caso os PMs sejam condenados pelos crimes a eles atribuídos.

O cabo Dênis Antônio Martins, o soldado Ruan Silva Rodrigues — apontados como assassinos de Gritzbach — e o tenente Fernando Genauro da Silva — motorista do carro usado na fuga dos matadores — estão encarcerados no Presídio Militar Romão Gomes.

Dias antes de morrer, Gritzbach havia feito delações premiadas ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) e à Corregedoria da Polícia Civil. Ele denunciou a relação de agentes públicos com o PCC, além de apontar criminosos envolvidos com lavagem de dinheiro da maior facção criminosa do país.

A execução do delator é investigada pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Há outro inquérito, na Polícia Federal, em que é investigada uma associação criminosa composta por policiais civis ligados ao PCC na lavagem de dinheiro, além de corrupção ativa e passiva.

Até o momento, 26 suspeitos foram presos: 17 são policiais militares, cinco policiais civis e quatro pessoas relacionadas a Kauê do Amaral Coelho, apontado como o olheiro que avisou aos assassinos sobre a chegada de Gritzbach na área de desembarque do aeroporto.


Indiciados

  • Além dos policiais militares já presos, a SSP indiciou, na última terça-feira (11/3), mais três suspeitos de participarem do assassinato do delator.
  • Segundo a pasta, um dos três indiciados é apontado como mandante do crime. Eles seguem foragidos.
  • Ainda de acordo com a SSP, um novo inquérito será aberto para apurar a participação de outros envolvidos, focando nas prestações de auxílio material e pessoal aos criminosos e não nos participantes do homicídio.

Câmeras gravaram ação

Câmeras de monitoramento registraram a ação dos assassinos do delator, fuzilado no momento em que ele se aproximava de um dos carros de escolta dele, blindado, logo após desembarcar no Aeroporto de Guarulhos.

Antes do homicídio, os três policiais militares usaram celulares para se comunicar, como foi provado pela investigação, que contribuiu para provar que os agentes circularam pela região antes, durante e após o crime. A atual fase da investigação já é considerada concluída pelo DHPP.

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