Moradores garantem audiência para cobrar poder público sobre as obras dos diques

Desde que os disques se romperam e inundações deixaram metade da cidade debaixo d’água, em maio do ano passado, que parte da população de Canoas vive em tensão diante das mudanças climáticas.

Como outros bairros de Canoas, Fátima acabou inundado, durante as cheias, em maio do ano passado



Como outros bairros de Canoas, Fátima acabou inundado, durante as cheias, em maio do ano passado

Foto: PAULO PIRES/GES

As obras dos diques estão na boca do povo, razão pelo qual moradores do bairro Fátima vem se mobilizando para tentar conseguir respostas do poder público para uma questão considerada de urgência.

A preocupação vem gerando mobilização. Os moradores conseguiram garantir uma audiência pública com a comissão do Legislativo encarregada de acompanhar as obras de ampliação dos diques em Canoas.

A audiência está marcada para a próxima quinta-feira (20), a partir das 20 horas, no Clube das Mães, que fica na Rua João Nicolau 212, ao lado da 4ª Delegacia de Polícia de Canoas.

Os constantes alagamentos que acontecem no bairro a cada chuvada também serão tratados e discutidos pelos moradores, já que a situação perdura desde a época das enchentes na área.

“Acho que é só por meio da cobrança que a gente vai conseguir ver alguma coisa saindo do papel”, reclama Michele Garcia. “Porque o tempo está passando e efetivamente não tem nada acontecendo. As tubulações estão todas entupidas e nem isso resolvem”, reclama a moradora de 37 anos.

Por meio da assessoria de comunicação, a Câmara de Vereadores informou a aprovação da audiência pública no plenário e confirmou a presença do vereador Gabriel Constantino, presidente da comissão de Saneamento Ambiental, Resíduos Sólidos, Obras, Serviços Públicos, Meio Ambiente e Habitação.

Diálogo

Antes da audiência, na próxima segunda-feira (17), uma comissão formada por moradores do Fátima irá se reunir com a comunidade. O encontro do movimento SOS Fátima está marcado para 19 horas no CTG Piazitos, na Rua Cairu 1.780.

O objetivo, segundo lideranças da comissão, é informar a comunidade sobre o que já foi feito e o que ainda precisa ser garantido pelo poder público para que os moradores possam dormir em paz à noite.

“Queremos uma solução definitiva para os diques, o muro da Cassol e o entupimento da rede pluvial da cidade. Mais uma vez, o poder público se mostra inoperante e ineficaz. Após muita luta, em fevereiro, conseguimos uma reunião com a administração municipal. No entanto, morreu ali. Nada depois disso foi feito. Não recebemos mais nenhuma sinalização sobre o que está e será feito”, explica a criadora do movimento SOS Fátima, Claudia Burtet, 57 anos.

Mais segurança

A união faz a força, como diz o ditado popular. Embora todo o lado oeste da cidade tenha sido tristemente afetado durante época das cheias, os moradores dos bairros Fátima e Rio Branco vem garantindo uma mobilização maior.

No início do ano, logo que a nova gestão do Município assumiu, eles garantiram uma reunião com o secretário de Segurança, Alberto Rocha, para tratar dos constantes assaltos e furtos cometidos no bairro desde que a água baixou e muito puderam voltar para casa.

A iniciativa garantiu resultado positivo. Além do reforço do policiamento ostensivo da Brigada Militar, em fevereiro, os agentes da Guarda Municipal executaram a primeira operação visando garantir visibilidade à segurança dos moradores nas imediações do Parque Eduardo Gomes.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.