Sulgás executa expansão da rede e planeja investimento de R$ 30 milhões em Gramado e Canela

Com as operações funcionando há pouco mais de um ano e meio, a Sulgás está colocando em prática os projetos de extensão da rede de gás natural nas cidades de Gramado e Canela. Somente em 2025, a estimativa é de investir em torno de R$ 5,5 milhões, com a extensão de mais cinco quilômetros de dutos. Até 2030, os investimentos devem ficar na casa dos R$ 30 milhões.

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O diretor comercial da empresa, Silvio Del Boni, reforça que foram complexas as obras para trazer o gás natural à Região das Hortênsias, através de Três Coroas. Após essa etapa, que custou R$ 40 milhões, os esforços estão concentrados, além de aumentar a rede, na aquisição e conexão de clientes.

Com isso, a ampliação do fornecimento vai ocorrendo conforme a demanda. Silvio explica que todos os projetos são aprovados pelas prefeituras, inclusive, respeitando datas com menor fluxo de turistas. “Vale ressaltar que temos uma parceria muito saudável com as prefeituras, sem as quais a gente não consegue ter êxito na evolução dos serviços nas duas cidades”, garante.

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De acordo com o diretor comercial, mais de 3 mil clientes já possuem contratos com a Sulgás na região – conectados ou com conexão planejada para os próximos meses. Desses, cerca de 50 são comerciais – como hotéis e restaurantes.

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“Em termos gerais, o resultado é excelente. Nós conseguimos mostrar para os empreendedores locais o valor que tem o gás natural canalizado, toda a modernidade, praticidade, questões de segurança energética, de logística, sustentabilidade e, claro, a mobilidade urbana, porque aqueles caminhões que transportam cilindros deixam de circular”, pondera Silvio.

Método construtivo

Outro ponto ressaltado é que a empresa possui um método construtivo que não precisa rasgar o asfalto. Contudo, o diretor comercial cita que há uma grande incidência de rochas na região, sendo necessárias as rupturas em alguns trechos. “Mas tivemos pontos da Rua São Pedro, por exemplo, em que fizemos 100 metros de rede sem nenhuma interferência”, comenta.

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Em cada ponto, as obras levam em torno de dois a três dias. “Sabemos que causam um impacto, mas é por um prazo determinado e que o benefício é para sempre”, acentua.

Para passar os dutos, as valas cavadas seguem um padrão internacional, com até 50 centímetros de largura e 1 metro de profundidade. Os serviços são executados por empresas terceirizadas, com equipes de gestão e técnica próprias da Sulgás.

Cronograma de obras para os próximos meses

De acordo com o cronograma de obras da empresa, neste mês de março, as intervenções estão concentradas na Rua Artur Reinheimer, no Carniel, e nos bairros Vila Suíça e Jardim dos Ipês, em Gramado. Em abril, haverá início das obras também no bairro Vila Luiza, em Canela. Em maio, será a vez da Rua Coberta. O roteiro está sujeito a alterações em função das programações das prefeituras e das interferências climáticas.

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Como funciona

Silvio comenta que não existe uma produção de gás natural, mas uma exploração. Atualmente, o abastecimento é através de postos no présal brasileiro, além de pontos na Bolívia e Argentina. “Todo o sistema funciona como o de energia elétrica. Os dutos cruzam o Brasil inteiro e o gás vem em alta pressão, diminuindo à medida que entra nos grandes eixos urbanos”, salienta o diretor comercial da Sulgás, afirmando que existem estações redutoras de pressão na entrada das cidades.

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“Sem dúvida nenhuma, o gás natural é uma das fontes de energia mais seguras. Nós somos o combustível de transição energética, por ser o mais limpo e o mais sustentável, no ponto de vista dos combustíveis, e o mais seguro, no ponto de vista da segurança energética”, reitera Silvio, ao reforçar que o gás natural é muito utilizado em todo o mundo.

Serra gaúcha no foco

Silvio diz que a Sulgás está focada na expansão da rede dentro de Gramado e Canela. Ainda, existem projetos sendo executados em outras cidades da Serra, como Caxias do Sul, Bento Gonçalves e Farroupilha. Nos outros municípios das Hortênsias, como Nova Petrópolis e São Francisco de Paula, ainda não há previsão de início das operações.

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“Temos muito espaço de crescimento em Gramado e Canela e estamos bastante concentrados em fazer com que os clientes tenham mais possibilidade de utilização do gás natural. Gostaríamos de estar em uma velocidade um pouco maior, mas temos uma limitação de produção – por causa do fluxo de movimentação turística -, de tal forma que a gente não consegue ampliar para outras cidades o nosso crescimento neste momento”, avalia.