EUA pressionam, China se adapta e Brasil pode aproveitar a brecha

Ascensão Econômica da China: Existem Riscos Nessa Aceleração Industrial?

A crescente tensão comercial entre os Estados Unidos e a China tem gerado impactos no cenário global, e segundo uma diplomata da União Europeia, Pequim estaria “rindo” das novas tarifas impostas pelos americanos. A declaração reforça a percepção de que a China, apesar das adversidades, se preparou ao longo dos anos para enfrentar uma guerra comercial prolongada, posicionando-se estrategicamente diante das medidas protecionistas de Washington.

O professor Marcus Vinicius de Freitas, em entrevista ao programa BM&C News, destacou que a China já não depende dos Estados Unidos como seu principal parceiro comercial, o que reduz os impactos diretos das tarifas americanas. “Os Estados Unidos já não são o primeiro parceiro comercial da China há algum tempo. É um parceiro extremamente importante, mas não determina totalmente a pauta global das exportações chinesas”, explicou Freitas.

Preparação da China e impactos no comércio global

De acordo com o professor, Pequim tem adotado medidas estratégicas para minimizar os efeitos das sanções comerciais. “A China se preparou nos últimos anos para essa guerra comercial iniciada por Donald Trump, que não sofreu mudanças significativas na gestão Biden”, observou. Ele também ressaltou que a substituição de produtos chineses no mercado americano pode ser um processo demorado e oneroso, o que pode gerar pressões inflacionárias nos Estados Unidos.

Além disso, Freitas apontou que a China possui o poder econômico para sustentar uma disputa tarifária mais acirrada, podendo até se beneficiar de um endurecimento das medidas protecionistas por parte dos EUA. “Quanto mais os norte-americanos criam situações complicadas, mais os chineses podem ser incentivados a aplicar retaliações e medidas de reciprocidade”, afirmou.

Oportunidade para o Brasil

Nesse cenário, o Brasil pode ser um dos países beneficiados. Como exportador de produtos concorrentes aos americanos, o país pode conquistar parte do mercado chinês que antes era abastecido pelos Estados Unidos. “Nosso Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio já deveria estar preparando estratégias para substituir rapidamente os produtos que os EUA podem sofrer sanções devido à guerra comercial com a China”, sugeriu Freitas.

A relação comercial entre as duas maiores economias do mundo segue cada vez mais tensa, e a capacidade da China de minimizar os impactos das tarifas impostas pelos EUA reforça sua posição no tabuleiro geopolítico global. O Brasil, por sua vez, deve estar atento às oportunidades que podem surgir nesse novo arranjo comercial.

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