Havaí afunda 40 vezes mais rápido e ameaça casas, diz estudo

O estudo analisou quase duas décadas de dados de radar por satélite Reprodução

Pesquisadores da Universidade doHavaíem Mānoa divulgaram um estudo que mostra que partes da ilha de Oahu estão afundando a uma taxa de mais de 25 milímetros por ano. Essa velocidade é 40 vezes maior que a média de subsidência da ilha, registrada em 0,6 milímetros anuais.

O fenômeno ocorre em áreas específicas da costa sul, como o distrito industrial de Mapunapuna, onde construções estão sobre sedimentos e aterros artificiais. Os cientistas apontam que a compactação desses materiais ao longo do tempo é a principal causa do afundamento.

O estudo analisou quase duas décadas de dados de radar por satélite para medir os movimentos verticais do terreno nas ilhas havaianas. Os pesquisadores também usaram um modelo digital de elevação para mapear a topografia costeira.

Os resultados indicam que o afundamento, junto com a elevação do nível do mar, pode levar a inundações crônicas em áreas baixas antes do esperado.

Em Mapunapuna, a área exposta a enchentes pode aumentar em mais de 50% até 2050, reduzindo o prazo de preparação para menos da metade do estimado.

A taxa de afundamento em algumas regiões supera a elevação média do nível do mar no Havaí, que é de 1,54 milímetros por ano desde 1905.

Isso significa que comunidades, empresas e infraestrutura em locais como Honolulu, Waikiki e Pearl Harbor podem enfrentar riscos de inundação décadas antes das projeções anteriores.

O estudo estima que, até 2080, o nível do mar, combinado com a subsidência, chegue a quase seis pés em algumas áreas costeiras.

Os pesquisadores destacam que o problema afeta o planejamento urbano e a adaptação costeira. Autoridades locais receberam os dados para revisar estratégias de proteção a residências, negócios e áreas culturais.

Medidas como reforço de infraestrutura esistemas de alerta estão em discussão.O estudo, publicado na revista Communications Earth & Environment, baseia-se em informações coletadas até 2025.

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