Sem explicações, Metrô volta a vender bilhete antigo em estações. Veja

São Paulo — Pequeno, com o logotipo do Metrô e válido para uma viagem, sob o valor de R$ 5,20, o antigo bilhete de papel para transporte ferroviário, chamado bilhete Edmonson, voltou a circular em São Paulo. Substituído, em 2021, pelo QR Code, esse modelo de passagem está sendo novamente comercializado nas estações da capital paulista.

O motivo seria o grande volume desses bilhetes em estoque. O Metrô, no entanto, não confirmou a informação.

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Bilhete de papel unitário para transporte nos trilhos em SP, no Metrô e na CPTM.

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Funcionária do Metrô segura dezenas de bilhetes de papel em guichê da estação Chácara Klabin, em São Paulo.

William Cardoso/Metrópoles

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Bilhete de papel unitário para transporte nos trilhos em SP, no Metrô e na CPTM.

William Cardoso/Metrópoles

Procurada, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM) informou preliminarmente que a venda deste tipo de passagem está suspensa, e que só ocorreria no caso de problemas com o sistema de QR Code, o que não foi registrado. O posicionamento oficial, no entanto, não foi encaminhado até o fechamento desta reportagem. O Metrô também ainda não se manifestou. O espaço segue aberto.

A companhia foi questionada sobre as razões que levaram à suspensão do bilhete de papel, o que motivou a atual distribuição desse tipo de passagem, quantos bilhetes estavam em estoque ao longo desses anos e se há previsão de suspensão das passagens por QR Code. Até a publicação deste texto, nenhum questionamento foi respondido.

Estoque “gigantesco” teria motivado volta de bilhete de papel

O Metrópoles esteve em diferentes estações nesta segunda (17/3) e apurou, junto a funcionários da companhia, que há um “estoque gigantesco” desses bilhetes de papel. Por isso, a venda de passagens por QR Code teria sido suspensa em alguns lugares, dando espaço ao retorno do tradicional papelzinho.

A reportagem registrou, em vídeo, a compra de um bilhete unitário. No guichê, não foi especificado qual tipo de passagem desejada – ainda assim, não foi fornecido um QR Code, mas uma unidade do modelo antigo. As imagens também mostram que não são todas as catracas que aceitam a passagem. Veja:

São exemplos de estações que estão vendendo o bilhete antigo: Chácara Klabin, Brigadeiro, Trianon-MASP, Consolação (Linha 2 Verde) e República (Linha 3 Vermelha).

Nas estações Brigadeiro, Trianon e Consolação, contudo, há apenas duas catracas que ainda aceitam o bilhete antigo. Na estação que leva ao MASP, uma dessas catracas é preferencial. Com isso, quem estiver com este tipo de passagem pode encarar filas para embarcar, principalmente nos horários de pico.

Problemas do QR Code

Em contato com a reportagem, funcionários do Metrô criticaram os bilhetes por QR Code – especialmente aqueles impressos. Isso por constantemente apresentar falhas de leitura. Além disso, o sistema que emite os códigos cai com frequência.

Nesse sentido, o bilhete antigo costuma ser o predileto de passageiros e funcionários, já que ele é mais confiável na hora do embarque.

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