Wall Street se prepara para petróleo a US$ 60 com atenção a tarifas e riscos da Opep+

(Bloomberg) — O Goldman Sachs Group Inc. se juntou a outros bancos nesta segunda-feira (17) para cortar as previsões de preços do petróleo, já que Wall Street vê cada vez mais um colchão para o petróleo bruto na faixa de US$ 60.

O Goldman inicialmente manteve as projeções de preços anteriores quando a Opep+ confirmou os planos de aumentar a produção de petróleo no início deste mês, mas com o crescimento econômico dos EUA sob crescente pressão, o banco reduziu seu preço previsto em uma nota. Sua faixa esperada para o Brent foi reduzida de US$ 70 a US$ 85 para US$ 65 a US$ 80 o barril.

“Esperamos que o Brent fique acima de US$ 70 o barril nos próximos meses”, mas “não vemos mais US$ 70 como o piso de preço”, escreveu o chefe de pesquisa de commodities Daan Struyven. Os futuros do Brent estão atualmente oscilando em torno de US$ 71.

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A revisão do Goldman segue rebaixamentos nas últimas semanas pelo Morgan Stanley e Bank of America Corp., que veem o Brent na faixa alta de US$ 60 durante o segundo semestre.

O Citigroup Inc. e o JPMorgan Chase & Co. têm previsto que os preços terminariam o ano na faixa média ou baixa de US$ 60 há algum tempo. Além de Wall Street, as principais casas de negociação de petróleo, como o Vitol Group e o Gunvor Group — que tiveram uma postura otimista em relação ao petróleo bruto nos últimos anos — também ficaram mais pessimistas.

O recuo do petróleo foi comemorado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e oferece alívio para consumidores e bancos centrais após anos de inflação galopante. Mas representa riscos financeiros para os produtores da indústria de óleo de xisto americana e para a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, liderada pela Arábia Saudita.

O Citigroup tem sido o mais pessimista do grupo há muito tempo, projetando que o petróleo bruto terá uma média de US$ 60 o barril no segundo e terceiro trimestres antes de cair ainda mais, para US$ 55 no quarto.

As avaliações preliminares de Wall Street para o próximo ano sugerem pouco espaço para alta, com o JPMorgan antecipando que o petróleo bruto terá uma média de US$ 61 o barril — e pode até chegar a US$ 50, enquanto Trump pressiona para manter os barris russos e iranianos com sanções no mercado.

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