FIMEC: Argentinos “invadem” feira coureiro-calçadista; saiba o que motiva os hermanos

A Fimec recebe visitantes de diversos países entre esta terça (18) e a quinta-feira (20), mas um país se destaca nesta edição. Em meio ao cenário econômico delicado na Argentina, os hermanos buscam na feira da Fenac, em Novo Hamburgo, o local ideal para fechar negócios. O vice-presidente da Câmara Empresarial Argentino Brasileira, Leandro Cezimbra, que participou da abertura do evento, acredita que este é o momento para os calçadistas “surfarem na onda”.

Estande da argentina IDS, que terá fábrica em Campo Bom a partir de julho deste ano | abc+



Estande da argentina IDS, que terá fábrica em Campo Bom a partir de julho deste ano

Foto: Diego Soares

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“A Argentina está derrubando as barreiras não alfandegárias para importação de produtos para reduzir os preços no país. A partir disso temos uma perspectiva de aumentar as exportações para eles”, explica.

Sobre a demora no pagamento nos calçados brasileiros vendidos aos argentinos, Cezimbra diz que a situação está melhor. “Ainda há atrasos em pagamentos anteriores, no regime de 180 dias, mas as compras atuais estão sendo regularizadas”, conta.

O que os argentinos buscam por aqui?

Um exemplo é a compradora argentina Estela Benitez que considera o calçado brasileiro mais moderno e mais barato que o argentino. “Gosto muito de moda e no Brasil encontro coias diferentes que não encontro com importadoras da China e nem mesmo na Argentina. Além disso, o tem preço menor e podemos usar aporte terrestre, o que também sai mais barato”, relata.

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De mudança para a região

A Argentina também marca presença como expositora na feira. No estande da IDS a união com o Brasil se funde também na produção. A partir de julho, a indústria de solados para calçados, que tem matriz em Buenos Aires, vai contar com uma fábrica em Campo Bom.

“Nosso grupo representa 3 fábricas e a de Campo Bom será a junção delas. Vamos produzir EVA expandido e solas de borracha de todos os tipos de componentes. A matéria-prima virá da Argentina, mas a produção e a mão de obra será de Campo Bom“, detalha o diretor da empresa, Andrei Lagranha.

Segundo Lagranha, a decisão veio justamente por conta da política econômica. “E entendemos que a indústria brasileira é mais preparada e capacitada”, completa.

A empresa ficará no espaço junto ao parque tecnológico da Feevale em Campo Bom, às margens da RS-239.

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