Jovem que matou família iria atacar 30 em escola onde estudou

Nicholas Prosper Reprodução

Um jovem de 19 anos que assassinou a família e queria ser o pior assassino em massa do Reino Unido tinha 33 cartuchos que seriam utilizados em um ataque na antiga escola onde estudou. A informação vem do julgamento que está sendo realizado nesta terça-feira (18), e foi divulgada pela Sky News.

Nicholas Prosper atirou na mãe Juliana Falcon, que tinha 48 anos, na irmã Giselle, de 13, e atirou e esfaqueou o irmão Kyle, com 16, na casa da família em Luton, no sudeste da Inglaterra, no dia 13 de setembro do ano passado.

O júri está acontecendo no Luton Crown Court. Segundo o promotor do caso, Timothy Cray KC, Prosper preparou os assassinatos “durante meses”, e queria matar pelo menos 30 crianças em idade escolar.

“Seu planejamento foi frio, deliberado e sem simpatia ou emoção para com as vítimas reais ou potenciais”, disse ele, segundo a Sky News.

Superar outros assassinatos em massa

“Ele conduziu uma pesquisa aprofundada na internet sobre tiroteios nos Estados Unidos da América, Noruega, Austrália e Nova Zelândia”, disse o promotor.

O rapaz queria “alcançar notoriedade duradoura como um assassino em massa”, acrescentou. Segundo ele, Prosper pretendia “imitar e até mesmo superar outros assassinos em massa ao redor do mundo”, considerando os números trágicos registrados no Reino Unido e nos Estados Unidos.

A investigação sugere que o réu agiu sozinho, sem qualquer causa política ou ideológica.

Prosper tinha transtorno do espectro autista (TEA) não diagnosticado, segundo o que foi dito no tribunal, mas mostrou uma “extrema falta de empatia com os outros e uma extrema falta de remorso” que não pode ser explicada apenas pelo TEA, disse o promotor, de acordo com a reportagem da Sky News.

Saiu antes do planejado de casa

Antes de chegar à Escola Primária Católica St Joseph, que ficava a pouco mais de um quilômetro de onde morava, pois a polícia o prendeu depois que fugiu para uma área arborizada.

Os policiais invadiram o apartamento da família por volta das 5h50, após o telefonema de um vizinho.

Encontraram a irmã mais nova de Prosper embaixo de uma mesa de jantar, “como se estivesse tentando se esconder lá”. A mãe e o irmão – esfaqueado mais de 100 vezes – foram encontrados no corredor.

Ele planejava matar a família enquanto todos dormiam, mas quando a mãe percebeu algo errado e o desafiou, houve uma briga violenta na casa.

Sabendo que os policiais chegariam, ele saiu de casa três horas antes do que havia previsto, e foi preso por uma patrulha que passava enquanto caminhava por uma estrada residencial.

A espingarda e os cartuchos estavam escondidos nas proximidades.

Planos antigos

Prosper admitiu os assassinatos em uma audiência no mês passado, assim como a compra de uma espingarda sem certificado, com intenção de colocar a vida em risco, e posse de uma faca de cozinha em um local público.

Os assassinatos foram planejados por mais de um ano, segundo o que foi declarado no tribunal.

Ele fez um vídeo de si mesmo segurando uma tábua de madeira como uma arma falsa.

A arma foi entregue a ele um dia antes dos assassinatos.

Prosper disparou sete cartuchos, sendo o primeiro um tiro de teste em um ursinho de pelúcia em seu quarto. 

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