Cuba trabalha para recuperar e ampliar atividade turística

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Manuel Marrero Cruz , primeiro-ministro de Cuba (Divulgação/Mintur)

O primeiro-ministro cubano Manuel Marrero Cruz disse que “é hora de inovar se quisermos ser competitivos no setor” de turismo. “O que mais podemos fazer para recuperar o turismo tendo em conta o cenário de economia de guerra pelo qual o país passa? Como podemos quebrar o círculo vicioso de que, devido à falta de financiamento, há problemas na qualidade dos serviços? Estas foram algumas das questões que nortearam um encontro entre o primeiro-ministro e trabalhadores do setor do turismo.

Cuba busca soluções baseadas em ciência e inovação para tornar-se mais competitiva, incluindo o aperfeiçoamento de métodos e a geração de mais receitas, “bem como o redesenho de produtos, o fortalecimento da atividade empresarial, a consolidação das cadeias de produção e a promoção da autogestão”.

O primeiro-ministro argumentou que os recursos humanos fazem a diferença no setor e pediu que “trabalhemos todos os dias para identificar como é a comunicação interna na instituição: do chefe para o funcionário e vice-versa, um grande problema que temos de resolver”, ressaltou.

“Diante das dificuldades atuais, não podemos limitar-nos a apenas resistir, mas temos de desenvolver para realmente transformar o turismo na locomotiva da economia nacional. Vivemos em uma economia de guerra, numa situação extremamente complexa, e há uma necessidade urgente de que o turismo se recupere, volte a gerar a moeda estrangeira que o país exige e, assim, contribua para maiores benefícios para os trabalhadores e para nossa sociedade”, disse Marrero.

O Escritório Nacional de Estatística e Informação da República de Cuba (ONEI) acaba de publicar os dados mais recentes sobre o turismo, que indicam que até outubro de 2024, o país recebeu 2.490.770 viajantes estrangeiros, o que representa 96,1% da quantidade registada no mesmo período de 2023 (equivalente a 101.256 turistas a menos), não conseguindo alcançar a cifra planeada de três milhões de visitantes estrangeiros este ano.

A ONEI aponta como principais mercados para origem de turistas destinados ao arquipélago o Canadá, com 97,1% de crescimento em relação a 2023, seguido pela comunidade cubana no exterior (82,2%), federação russa (107,0%), Estados Unidos (90,6%), Espanha (73,1%) e México (103,7%), Alemanha (95,2%), França (90,9%), Argentina (97,4%) e Itália (84,4%).

Por sua vez, o Ministério do Turismo de Cuba (Mintur) adiantou que o turismo deve ser retomado na ilha. Há oito agências nacionais para recepção com experiência na elaboração de pacotes turísticos sob medida.

O setor na ilha conta com uma rede hoteleira renovada com mais de 80 mil quartos, 75% dos quais são instalações de quatro e cinco estrelas, e a presença na administração hoteleira de 18 redes estrangeiras.

Atualmente, 57 companhias aéreas operam Cuba, provenientes de 32 países. A Corporação Cubana de Aviação Civil está trabalhando para recuperar as operações de 2019, para as quais existe uma política de incentivos para as companhias aéreas.

Até o momento, Cuba opera com 24 joint ventures para a construção de novos empreendimentos hoteleiros e imobiliários associados ao turismo. Até o momento, foram aprovados 128 contratos de administração e comercialização de hotéis e serviços com 18 marcas estrangeiras para a administração de 153 hotéis com 56.928 quartos, representando 65% do número total no país.

 

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