Hapvida (HAPV3): ação tem dias voláteis com dados da ANS e às vésperas de balanço

As ações da Hapvida (HAPV3) operam em baixa nesta quarta-feira (19), após alta de cerca de 4% na sessão passada, impulsionadas pela provável melhora do índice de sinistralidade médica (MLR), sugerida pela publicação antecipada dos dados financeiros de 2024 das entidades reguladas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que incluem as operações de planos de saúde da companhia. Às 12h30, a ação da empresa caía 1,69%, aos R$ 2,32.

“Embora esses números não representem os resultados consolidados da companhia e sigam um padrão contábil diferente, a análise pró-forma das entidades reguladas tende a ser um bom indicativo dos resultados”, comenta o JPMorgan.

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Nesse contexto, o JPMorgan avalia que a reação positiva antecipada na véspera adiciona riscos ao desempenho das ações diante da divulgação dos resultados do 4T24, uma vez que perdas nesta temporada de balanços têm sido fortemente punidas nos setores de varejo e saúde, especialmente para ações amplamente detidas por investidores locais – o que o banco acredita ser o caso da Hapvida, potencializado pelas notícias positivas recentes. A operadora de saúde publicará seus resultados do 4T24 nesta quarta-feira, após o fechamento do mercado.

Ao analisar os dados financeiros da ANS, o JPMorgan vê riscos de potenciais distorções causadas por maiores provisões e pagamentos judiciais em dinheiro, que podem ofuscar as melhorias no índice de sinistralidade médica observadas nos números preliminares.

“No entanto, isso não altera nossa tese de médio prazo, já que a empresa está ajustando suas provisões diante do aumento das demandas judiciais”, completa.

Negociando a 7 vezes e 9 vezes o Preço/Lucro ajustado, o JPMorgan reiterou recomendação de compra para Hapvida, sem apontar um preço-alvo.

O BBI avalia que a indicação inicial é positiva para o Hapvida com base no declínio dos depósitos judiciais cíveis e MLR sob controle.

Em termos de depósitos judiciais cíveis, o BBI destaca não ter o detalhamento relacionado a: (i) reversões potenciais, (ii) saques de depósitos e (iii) novos depósitos, para fornecer uma visão mais conclusiva.

Para o BBI, a potencial reversão nos depósitos para reembolsos do SUS parece um tanto estranha, dado que 58% dos R$ 900 milhões cobrados pelas operadoras em 2024 foram pagos ou serão pagos em parcelas, enquanto apenas 15% foram suspensos por decisões judiciais.

O BBI manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 3,50.

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