Marina: Trump causa “força gravitacional negativa” na agenda do clima

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou, nesta quarta-feira (19/3), que as ações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criam uma espécie de “força gravitacional negativa” em torno das empresas contra a agenda climática. A declaração foi dada durante o programa “Bom dia, ministra”, do Canal Gov.

“No setor privado, aquelas empresas que estavam sendo beneficiadas com quase R$ 500 bilhões do plano de combate à inflação — que, na verdade, era um disfarce para implementar uma agenda de ação climática do governo (Joe) Biden — não vão querer abrir mão desses recursos. Então, elas vão pressionar para que o governo negacionista de Trump mantenha essas medidas e ações”, disse a ministra do Meio Ambiente.

Em 2022, o então presidente norte-americano, Joe Biden, assinou um projeto de US$ 430 bilhões para combater o avanço das mudanças climáticas. O texto tinha como objetivo reduzir as emissões domésticas dos gases de efeito estufa e também reduzir o preço de medicamentos prescritos.

A proposta foi apontada como um dos maiores investimentos dos EUA para conter as mudanças climáticas. A partir do novo governo Trump, com posicionamentos contrários a essa ação, a ministra do Meio Ambiente afirma que o líder norte-americano atrapalha o avanço da agenda ESG (Environmental, Social and Governance, na sigla em inglês).

“Ele criou uma força gravitacional muito negativa para a vida no planeta, com várias empresas e articulações abandonando a agenda ESG”, ressaltou Marina. “É um prejuízo muito grande, mas o multilateralismo começa na agenda climática sem os EUA e, agora, terá de aprender a ser forte”, destacou.

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