Planejador de viagens do Google com IA não será mais lançado, diz empresa

A empresa afirmou que a tecnologia segue em desenvolvimento, sem prazo para disponibilização (Divulgação/Google)

O planejador de viagens com inteligência artificial (IA) que o Google anunciou em maio de 2024 não será mais lançado, afirmou um porta-voz da empresa nesta terça-feira (18). A ferramenta, que deveria integrar o serviço Gemini Advanced no segundo semestre do ano passado, foi retirada da lista de lançamentos previstos. A empresa, no entanto, afirmou que a tecnologia segue em desenvolvimento, sem prazo para disponibilização.

O planejador foi apresentado durante a conferência anual de desenvolvedores do Google como uma solução para criar roteiros personalizados com base em informações extraídas do Gmail, como horários de chegada de voos. O sistema permitiria edições manuais no itinerário.

Na época, Sissie Hsiao, vice-presidente do Google e gerente-geral das experiências com Gemini, afirmou: “Essa nova experiência de planejamento de viagens será lançada no Gemini Advanced neste verão, a tempo para o planejamento do feriado do Dia do Trabalho.” A promessa, porém, não se concretizou.

A empresa afirma que a área de viagens continua sendo uma prioridade e que novos recursos de IA foram incorporados ao Gemini. Segundo o Google, a IA agora pode conectar-se a aplicativos como Calendário, Notas, Tarefas e Fotos, permitindo gerar itinerários a partir de registros do usuário.

Além disso, a empresa expandiu o acesso às ferramentas de personalização do Gemini, antes restritas à versão paga. Com isso, usuários gratuitos podem criar chatbots especializados em temas específicos, como viagens.

O Google também vem testando a integração da IA generativa à busca tradicional. Em 2024, lançou o recurso AI Overviews, que exibe resumos gerados por IA nos resultados de pesquisa. Neste mês, começou a testar publicamente o AI Mode, uma nova aba dedicada a essas respostas automatizadas.

Um porta-voz do Google afirmou que a empresa segue ajustando suas prioridades conforme o avanço da tecnologia e o feedback dos usuários. “Testamos continuamente diferentes ferramentas e tomamos decisões com base na experiência do público”, disse.