Tesouro Direto: taxas de prefixados caem antes de provável alta da Selic para 14,25%

Os títulos do Tesouro Direto operam com taxas em movimentos mistos na tarde desta quarta-feira (19), com destaque para um recuo nas remunerações dos papéis prefixados pela terceira sessão seguida. O mercado aguarda pela provável decisão do Banco Central de aumentar a Selic em 1 ponto percentual, para 14,25% ao ano, conforme sinalizado em comunicados anteriores.

Os juros de títulos prefixados vêm caindo, com solavancos, ao longo de todo o mês de março. Do pico de 15,01%, no vencimento mais curto, para 2028, em 28 de fevereiro, a taxa já recua para 14,12%, após três sessões seguidas de perdas, em meio ao enfraquecimento do dólar e as perspectivas de desaceleração da economia brasileira.

No vencimento para 2032, também queda na remuneração, que vai a 14,44%, ante 14,49% na véspera e 15,25% no dia 28 de fevereiro.

O recuo, que havia começado na parte da manhã, ameaçou reversão no começo da tarde, mas voltou a apontar para baixo após o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) decidir pela manutenção dos juros por lá, e projetar dois cortes nas taxas ao longo de 2025.

Os integrantes do Fomc (Federal Open Market Committee, o “Copom dos EUA”) disseram que os riscos aumentaram, com um sentimento quase unânime em apontar que as perspectivas para o ano estavam confusas. Apesar disso, a projeção mediana no Resumo de Projeções Econômicas (SEP) permaneceu inalterada em relação à reunião de dezembro, com dois cortes em 2025, dois em 2026 e um em 2027, para uma taxa terminal de 3,125%.

Já os títulos de inflação são negociados com taxas mistas, com Tesouro IPCA+ 2029 estável, e o 2040 em alta para 7,42% de juro real – acima dos 7,29% de ontem, mas ainda abaixo dos 7,51% do fim de fevereiro.

Confira as taxas dos títulos públicos disponíveis no Tesouro Direto na atualização de 15h38 desta quarta-feira (19):

(Reprodução/Tesouro Direto)

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