Após copiloto baleado, polícia diz que ataque a aeronaves subiu 300%

A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou aumento de 300% nos ataques às aeronaves policiais desde o início da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, conhecida como a ADPF das Favelas, que restringiu operações nas comunidades do Rio.

Na manhã desta quinta-feira (20/3), o copiloto de um helicóptero que dava apoio a uma operação policial na Vila Aliança foi atingido por um disparo de arma de fogo realizado por criminosos, segundo a Polícia Civil. O policial Felipe Marques Monteiro foi levado ao Hospital Miguel Couto, onde está em estado gravíssimo.

Segundo a Polícia Civil do Rio, as aeronaves, “que antes eram utilizadas como plataformas de tiro e apoio de fogo para proteção das equipes policiais e da população, foram praticamente proibidas de serem utilizadas”.

“O que antes era um equipamento que causava temor aos criminosos, com efeito inibitório e dissuasório, hoje é alvo desses bandidos por meio de armamentos de guerra. Desde o início da ADPF, houve um aumento de mais de 300% de ataques às aeronaves policiais, o que demonstra que tal decisão passou a ser fator estimulante e encorajador de ataques aos helicópteros”, apontou o órgão.

A Polícia Civil disse que as facções narcoterroristas também acompanham as medidas restirtivas da ADPF e “se motivam ainda mais em atentar contra as vidas dos policiais”.

“A Polícia Civil segue firme no propósito de combater esses narcoterroristas, bem como pede um olhar criterioso no que diz respeito a essas restrições que fortaleceram essas facções em detrimento à segurança da população fluminense”, afirmou.

O Supremo Tribunal Federal (STF) julgará a APDF das Favelas na próxima quarta-feira (26/3).

 

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