Em saidinha, homem some após ser perseguido pela PM e pular no Tietê

São Paulo — Um homem que estava de saidinha temporária suspeito de furtar steps no Aeroporto Viracopos, em Campinas, desapareceu após entrar no Rio Tietê, na zona norte de São Paulo, durante perseguição da Polícia Militar (PM). O caso aconteceu na última quinta-feira (13/3) e a família faz buscas desde então.

Guilherme Gomes Rocha, de 26 anos, cumpre pena por furto e estava de saidinha temporária desde o dia 11 de março. De acordo com familiares, o Corpo de Bombeiros não se empenhou nas buscas e alegam que os agentes teriam procurado pelo rapaz apenas no dia do desaparecimento, até às 17h.

A corporação nega e afirma que duas viaturas procuraram pelo homem até a última segunda-feira (17/3), quando a busca foi encerrada.

Segundo Bethânia Belarmino, advogada de defesa do desaparecido, ele estava em fuga com mais dois suspeitos em um carro quando foram encurralados pela PM. O trio, então, teria tentado escapar pelo Rio Tietê. Um deles caiu em uma parte rasa e quebrou o joelho, tendo sido capturado e levado a um hospital.

Rocha teria caído em uma parte mais funda e se recusado a voltar. O terceiro suspeito escapou sem ser identificado.

Família realiza buscas

De acordo com o irmão de Rocha, Kenedy Gomes Rocha, a suspeita é de que o rapaz tenha uma dívida, por isso teria cometido um novo delito.

A família, que é da zona leste da capital paulista, diz que realiza buscas pelo rapaz por conta própria. Além do Rio Tietê, eles fizeram buscas em unidades do Instituto Médico Legal (IML), sem sucesso.

A mãe do suspeito precisou esperar 48 horas até poder registrar um boletim de ocorrência por desaparecimento, o que foi feito na 5ª Delegacia de Desaparecidos do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

Na última sexta (14), Kenedy encontrou um boné e um relógio do irmão na beira do rio, mas não localizou qualquer sinal do irmão.

“Não sei se ele está vivo, se perdeu a memória. Não sei. Eu não sei se ele está debaixo do rio ou se a água levou. Eu não sei nem o que aconteceu”, disse.

“É só a gente que tá indo atrás. A gente está desde sexta-feira andando pra lá pra ver se a gente acha, mas nada até agora. Não tinha nada, nenhum bombeiro, nenhuma polícia, não tinha nada”, afirmou Stefany Caroline Silva dos Santos, de 22 anos, esposa de Rocha.

O casal tem dois filhos: um menino de cinco anos e uma menina de seis meses. Segundo Stefany, o filho mais velho precisou de apoio psicológico e passou por uma sessão de atendimento nessa terça-feira (18/3).

A reportagem entrou em contato com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), mas a pasta não respondeu até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.