Filha trans de Musk critica o pai em revista: “Homem-criança patético”

Vivian Jenna Wilson, filha de Elon Musk, não poupou críticas ao pai em entrevista à revista TeenVogue. A jovem, de 20 anos, estampa a capa da publicação neste mês e disse que busca ao máximo se distanciar de Musk. Além disso, ela não poupou críticas ao governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump — no qual o pai tem cargo —, classificando-o como “caricaturalmente maligno”.

Vivian é uma mulher trans e, durante o processo de transição de gênero, em 2020, escreveu uma petição para mudar legalmente o nome, porque não queria ter relação com o pai biológico de “nenhuma maneira ou formato”.

“Não acho que as pessoas percebam que ser trans não é uma escolha. Obviamente, não são apenas pessoas trans que são afetadas pela administração atual, mas também grupos marginalizados, como imigrantes sem documentos e pessoas negras. Estou realmente tentando atuar mais nessa frente, já que o atual governo tem sido como uma bola de demolição nesse sentido”, destacou Vivian.

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Ela mora em Tóquio, onde estuda línguas — francês, espanhol e japonês — e revelou que mal pensa no pai.

“Não me comunico com ninguém naquela família. Não acompanho, porque realmente não dou a mínima para o que eles fazem. Vejo coisas sobre meu pai nas notícias e penso: ‘Isso é uma vergonha. Provavelmente, deveria postar sobre isso e denunciá-lo’, o que já fiz algumas vezes”, contou Vivian.

“A saudação nazista foi uma loucura. Vamos chamar um figo de figo, e vamos chamar uma saudação nazista do que é. Aquilo foi definitivamente uma saudação nazista. A multidão é igualmente culpada, aquelas pessoas também deveriam ser denunciadas”, alegou a jovem na entrevista à TeenVogue.

Vivian ressaltou que, “fora isso, não dou a mínima para ele. É irritante que me associem a ele. Simplesmente, não tenho mais espaço para me importar. Ele é um homem-criança patético. Por que teria medo dele? ‘Oh, ele tem tanto poder’. Eu não dou a mínima. Por que eu deveria ter medo desse homem? Por que ele é rico? Não dou a mínima para quanto dinheiro alguém tem. As pessoas prosperam com o medo. Pessoalmente, não falo com ele desde 2020. Isso foi há quase meia década. Graças a Deus”.

A jovem considera-se “de esquerda, porque me descrevo pelas coisas em que acredito e pelas coisas que sinto que são de senso comum, se você pensar sobre isso por mais de dois segundos. Acredito em renda básica universal”.

“Acredito em assistência médica gratuita. Acredito que comida, abrigo e água são direitos humanos. Acredito que a desigualdade de riqueza é um dos maiores problemas dos Estados Unidos agora. Sinto que os trabalhadores devem ser compensados ​​de forma justa pelo trabalho que fazem, e não sinto que a riqueza deve ser acumulada por esses megabilionários que são o 1% do topo, que só têm seus próprios interesses no coração”, analisou a jovem.

Críticas aos bilionários

Em uma crítica direta a bilionários como o pai, Vivian contou que “conheci alguns desses bilionários, eles não são pessoas muito boas. Não acho que nenhum deles seja”.

“Ver esse tipo de riqueza — riqueza extravagante — em primeira mão, enquanto vivia em Los Angeles e via o enorme problema dos sem-teto, a disparidade de riqueza, você começa a se perguntar: ‘Como isso é justo?’ Você tem que inevitavelmente chegar à conclusão de que não é. Não existe um mundo em que as pessoas devam possuir vários aviões particulares, ilhas particulares, seja lá o que for, enquanto outras pessoas dormem na rua”, concluiu a jovem.

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