Grupamento Ambiental realiza maior apreensão de pássaros da cidade e crime chama a atenção

No dia em que completa 10 anos de existência, o Grupamento Ambiental de São Leopoldo realiza a maior apreensão de pássaros da cidade. A operação contou com o apoio de fiscais da Secretaria do Meio Ambiente (Semmam) e ocorreu na manhã desta quinta-feira (20), no bairro Arroio da Manteiga.

Na residência, estavam mantidos em gaiolas 170 pássaros de diferentes espécies. O proprietário foi notificado por crime ambiental e responderá um processo administrativo.

Grupamento Ambiental recolheu 170 pássaros em uma só residência em São Leopoldo



Grupamento Ambiental recolheu 170 pássaros em uma só residência em São Leopoldo

Foto: Eduarda Toledo/Divulgação/Prefeitura de São Leopoldo

Uma denúncia anônima foi o que possibilitou a ação. “Nos informaram que haviam muitas gaiolas, mas não esperávamos por todo esse volume, principalmente em uma única residência”, explicou o Emerson Fuchs, inspetor do Grupamento Ambiental.

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A maior parte dos animais era mantida nos fundos da residência, em situações precárias. Os agentes identificaram que alguns pássaros estavam com falhas nas penas e as gaiolas não eram higienizadas. Os potes de água deixados para os animais estavam sujos e não eram trocados com frequência, tornando o ambiente um possível foco de dengue.

Responsável será penalizado por infração ambiental

A equipe da Semmam foi responsável por catalogar os pássaros. Entre as espécies encontradas na residência, as mais numerosas foram o canário-da-terra e o coleirinho. Além dessas, também haviam bico-de-pimenta, cardial, tecelão, entre outras. “O responsável foi notificado e será penalizado por manter esses pássaros em cativeiro sem licença. Isso flagra uma infração ambiental”, informou o fiscal ambiental Anderson Hofstaetter.

Segundo a Grupamento Ambiental, mesmo que o proprietário possuísse anilha em alguns dos animais, ou seja, autorização do Ibama para sua posse, ainda assim haveria a apreensão. “Ele ficaria com os pássaros apenas se tivesse registro para todos, mas a partir do momento que a gente pega uma espécie que está sem registro, todos são recolhidos. Eles perdem tudo”, explicou Emerson.

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Após o recolhimento dos animais e avaliação do biólogo, foi constatado um baixo nível de domesticação, o que possibilitou que a soltura ocorresse no mesmo dia. Três veículos foram necessários para transportar todos os animais até a área de preservação ambiental. Ao chegarem no local, espécies nativas rondavam as gaiolas em uma espécie de boas-vindas aos novos vizinhos.

Em unidade, fiscais da Semmam e agentes do Grupamento Ambiental devolveram os pássaros à natureza. Alguns animais, ainda tímidos, precisaram de ajuda para sair, outros voaram assim que as portinhas foram abertas. As gaiolas serão destruídas e enviadas para reciclagem.

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