Agora ministra, Gleisi baixa tom sobre o BC, mas ainda cobra

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, adotou um discurso mais ponderado em relação às ações adotadas pelo Banco Central (BC) depois que assumiu uma cadeira no Palácio do Planalto. Gleisi, quando ainda era presidente nacional do PT e deputado federal, era apontada como uma das principais críticas à gestão da instituição monetária.

Em entrevista à Revista Fórum, nesta sexta-feira (21/3), a ministra pontuou que o aumento da taxa básica de juros, a Selic, estava acertada desde a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em dezembro.

Na última quarta-feira (19/3), o Copom aumentou a Selic de 13,25% ao ano para 14,25% ao ano, maior valor da taxa em quase 10 anos.

“Ainda sou crítica a essa política monetária apertada, eu acho que ela é errada. Só que esse aumento da taxa de juros de ontem já estava precificada na ata de dezembro do Copom”, disse Gleisi.

Até dezembro, o Banco Central era comandado por Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ex-chefe do BC foi um dos principais personagens nas críticas direcionadas à política monetária da instituição proferidas por Gleisi Hoffmann.

Agora, o Banco Central é comandado por Gabriel Galipolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com respaldo do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

“Eu espero que a partir de agora o BC possa efetivar uma política monetária de acordo com a realidade da economia do país, sempre visando controlar a inflação, mas seja uma política monetária que leve em consideração a realidade econômica do Brasil”, completou a ministra.

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