Edifício Rainha da Sucata reabre em BH como nova sede de orquestra e coral infantojuvenil


Ícone da arquitetura pós-moderna passa a abrigar projeto musical do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que atende gratuitamente mais de 400 alunos. Edifício Tancredo Neves, mais conhecido como Rainha da Sucata, na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte.
Thiago Phillip/TV Globo
Após anos fechado, o edifício Tancredo Neves, mais conhecido como Rainha da Sucata, reabriu nesta sexta-feira (21) em Belo Horizonte.
Localizado na Praça da Liberdade, o prédio agora será a sede oficial da Orquestra Jovem e do Coral Infantojuvenil do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que oferece aulas gratuitas para mais de 400 crianças e adolescentes.
Antes da mudança, o projeto funcionava no Edifício Mirafiori, localizada na rua dos Guajajaras na esquina com a Avenida Afonso Pena, onde o espaço limitado dificultava o andamento das aulas.
“A gente dividia as aulas durante o dia todo em salas com divisórias que não tinham acústica. Cada salinha atendia três, quatro meninos. Na medida em que o projeto foi crescendo, as aulas foram diminuindo. Tivemos que procurar um lugar maior e melhor”, explicou Vagner Wilson Ferreira, coordenador da Orquestra Jovem e Coral Infantojuvenil do TJMG.
O edifício foi cedido pelo estado ao TJMG e passou por adaptações como instalação de equipamentos, ajustes de iluminação e inclusão de telas e divisórias.
Outras intervenções serão realizadas ao longo do próximo ano e meio, visando climatização e melhorias na acústica.
Coral infantil do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
Divulgação
Música, inclusão e desenvolvimento
Além do ensino de canto e instrumentos musicais, o projeto promove inclusão, desenvolvimento pessoal e oportunidades para o futuro dos alunos.
Miguel Pratti ingressou nas aulas após a pandemia e já escolheu a música como profissão. Ele foi aprovado nos vestibulares das universidades Estadual (UEMG) e Federal de Minas Gerais (UFMG).
“Até o final da minha formação escolar eu ainda não tinha decidido o que seguir como carreira. Continuava tocando violino, mas o projeto me deu uma oportunidade de trabalhar com música. Agarrei essa oportunidade e decidi com certeza seguir a carreira de violinista”, afirmou Miguel.
O estudante Miguel Pratti.
Thiago Phillip/TV Globo
Já Elaine Stephanie Rio Branco começou a tocar violino aos 13 anos, enquanto morava em um abrigo para menores. A trajetória dela no projeto evoluiu de aluna para monitora até se tornar professora. Elaine se graduou em música pela UFMG e continuou estudando.
“Consegui realizar os dois grandes sonhos que eram fazer música e me formar em direito. Hoje estou fazendo pós-graduação”, contou Elaine.
A violinista Elaine Stephanie Rio Branco.
Thiago Philip/TV Globo
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