Autoridades da Turquia detêm 343 contra prisão do prefeito de Istambul

O Ministério do Interior informou que autoridades da Turquia detiveram 343 pessoas durante protestos, na noite dessa sexta-feira (21/3), em várias cidades do país. As manifestações são contra a prisão do prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu (foto em destaque), e ocorrem na capital do país desde quarta-feira (19/3).

As acusações que pesam sobre Imamoglu são de corrupção, extorsão e ligações com uma organização criminosa. O político é o principal rival do atual presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.

Os protestos foram realizados em pelo menos 10 cidades, incluindo Istambul e Ancara, capital da Turquia. Policiais entraram em confronto com manifestantes nas ruas. Eles usaram spray de pimenta para dispersar os  manifestantes que seguravam bandeiras e cartazes.

De acordo com informações do Ministério do Interior, “caos e provocação” não serão aceitos. Segundo publicado pelo órgão, as prisões ocorreram para evitar a “perturbação da ordem pública”.


Prefeito de Istambul

  • Imamoglu é acusado de ter ligações com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), classificado pelo governo da Turquia como uma organização terrorista.
  • A sigla foi desmantelada no último mês, após o líder da organização, Abdullah Öcalan, pedir para seus soldados abandonarem as armas.
  • Ele já enfrenta outras duas investigações e foi impedido de concorrer na última eleição presidencial no país, em 2023, após uma condenação na Justiça.
  • Nas últimas pesquisas de intenção de voto, Imamoglu apareceu à frente de Erdogan. A expectativa era de o prefeito de Instambul fosse indicado pelo Partido Republicano do Povo (CHP) como o nome presidenciável da oposição no próximo pleito.

Presidente da Turquia desde 2014, Erdogan atingiu o limite de dois mandatos como o chefe do Executivo local, e só poderá concorrer as eleições de 2028 caso altere a Constituição do país, ou convoque eleições antecipadas.

Setores da oposição classificam a prisão de Imamoglu como perseguição, e dizem que a detenção tem motivação política.

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