“Chegará o momento do Santos”, diz presidente do clube sobre SAF

Não será agora, mas o Santos ainda terá o momento de estudar bem a opção de se tornar uma Sociedade Anônima de Futebol (SAF). Essa foi umas das reflexões de Marcelo Teixeira, presidente do Santos, que participou do Sport & Business Summit, o evento exclusivo do InfoMoney sobre negócios do esporte, em um painel sobre os modelos de SAF no Brasil.

“O Santos passou por dificuldades, em especial em gestão”, diz o presidente. “Queríamos fazer uma transformação, seja como SAF ou como clube associativo, mas uma gestão profissional”, diz o presidente do Santos. A decisão da busca como SAF, no entanto, depende de mais conversas e diferentes abordagens. Teixeira considera que, quando o Santos passou a ser cogitado como SAF, ainda não era o momento de venda porque o clube poderia ser depreciado.

“Não será de Marcelo Teixeira ou da atual gestão [a decisão]. Acredito que não fosse o momento de estar no mercado como SAF, mas chegará o momento”, diz. “O objetivo principal é revelar talentos, tirar um jovem de uma situação de riscos para torná-lo um ídolo”, diz.

“O Santos se antecipou à Lei Pelé criando mecanismos de contratos, que garantiu a permanência de talentos no clube”, diz. Teixeira relembra impressões e falas na imprensa, de 2002, de que o elenco era jovem demais e que não sustentaria o Campeonato Brasileiro. A história prova o contrário [o Santos venceu aquela competição]. “Futebol não é uma ciência exata”, diz, reforçando a importância de revelação de talentos e a ação social.

“Clubes da capital iam para Santos ver o que havíamos feito. Hoje, o Santos ficou no tempo, mas nem por isso vai deixar de cumprir a sua tarefa que é de revelar jogadores”, afirma.

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Reconstrução

Dentre as prioridades do presidente ao assumir a gestão, estava a reconstrução do clube. “Colocamos o Troféu da Série B na mesa executiva para que ninguém nunca se esqueça que passamos por esse momento”, afirma. Teixeira diz que, entre as perdas, a credibilidade da marca também foi abalada ao longo de gestões que considera negativas e que deixaram o Santos em fase difícil.

“O resultado prático é você colocar em ritmo uma gestão, seus objetivos, exigir metas sendo alcançadas e consigamos deixar o amadorismo de lado para colocar o lado prático-profissional. E, assim, alcançamos”, afirma. “Fomos buscando no mercado alternativas para melhorar nossa receita buscando valores para cumprir nossas obrigações”.

“Isso está fazendo com que o Santos amplie seu horizonte”, afirma sobre a chegada de Neymar. Para Teixeira, a preservação de garantias e tradições, assim como símbolos, que sustentam o valor da marca de clubes como o Santos.

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