Tarcísio terá queda de braço com ferroviários por privatização na CPTM

São Paulo – O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) enfrentará uma queda de braço com ferroviários nesta semana para tentar emplacar seu projeto de privatização da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

A administração pretende fazer o leilão das concessões das linhas Linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade na sexta-feira (28/3). Antes disso, porém, terá que enfrentar uma greve marcada pelos ferroviários para a quarta-feira (26/3).

O programa de privatizações é uma das apostas de Tarcísio como vitrine de sua gestão — no caso da CPTM, é um desafio antigo aproximar o serviço da qualidade do metrô. No entanto, o governador enfrentará como obstáculos a oposição de sindicatos, da esquerda e também o histórico de outras linhas privatizadas na CPTM.

O governo fala em diminuir os intervalos das linhas para a partir de três minutos, similar ao do metrô. Além disso, promete a construção de oito noivas estações e a reforma de 24 já existentes, entre outras mudanças. O investimento previsto é de R$ 14,3 bilhões ao longo de 25 anos.

As linhas 11, 12 e 13 ligam a região central da capital à zona leste e cidades como Mogi das Cruzes, Suzano e Guarulhos.

Linha privatizada na CPTM

Os ferroviários argumentam que a proposta do governo deverá transformar o resto da CPTM na experiência das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda. Ambas foram concedidas à ViaMobilidade — no fim de 2023, o Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo (MPSP) homologou o acordo firmado com a concessionária, que prevê o pagamento de R$ 786 milhões pelas falhas ocorridas desde o início da concessão.

Além da greve, os ferroviários também aprovaram a formação de uma comissão de negociação e a realização de um ato público na manhã da terça-feira (25/3), na porta da Bolsa de Valores (B3) de São Paulo.

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