De quem é a culpa?

Tristemente, Novo Hamburgo está numa disputa de atribuir a culpa pelas mazelas da cidade ao governo atual ou anterior. Lamentável ter esta discussão quando a população espera que simplesmente as coisas andem. Educação, saúde, habitação, saneamento, cultura sejam de acesso a todos.

O estopim foi o encerramento do convênio com a Orquestra de Sopros, terminado em dezembro. A culpa é de quem em não ter sido assinado? Do antigo ou do novo governo? Talvez dos dois. Fato é que, se desde janeiro não tivesse havido renovação, já deveria existir movimentação atrás do plano B. Buscando incentivos de leis ou através da iniciativa privada. Talvez ao exemplo dos amigos do Theatro São Pedro.

Ninguém vai bater à nossa porta entregando um cheque. Correr atrás faz parte do mantenimento dessa Orquestra, até porque é notória sua importância. Além disso, outros segmentos também merecem nossa atenção: artesanato, teatro, dança, corais, músicos, escritores, CTGs, escolas de samba. São todos merecedores. Imagina-se que a Secretaria da Cultura, tendo seu orçamento, contemple suas atividades e faça uma divisão de incentivos a todos. Por óbvio que nunca vai ser o suficiente, pois o cobertor é sempre curto.

Certo é que a Cultura não pode ser banalizada como sendo descartável, pois se fosse assim, não estaria na Constituição. Por fim, há órgãos fiscalizadores que punem os maus administradores e daqui, como cidadã, só quero que as coisas funcionem com esta enfadonha discussão remetida ao fórum adequado.

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