Disney dá detalhes sobre investimento de US$ 30 bilhões na expansão de parques e cruzeiros

Bob Iger, CEO da Walt Disney Company (Divulgacão/Disney)

A Walt Disney Company anunciou detalhes sobre seu plano de expansão de US$ 30 bilhões para parques temáticos e cruzeiros. Durante a reunião anual de acionistas, o CEO Bob Iger afirmou que a empresa tem mais projetos em desenvolvimento do que em qualquer outro momento dos últimos 70 anos. A ampliação visa aumentar a capacidade dos parques e evitar a necessidade de descontos nos ingressos.

Iger defendeu a política de preços da Disney e destacou que os ingressos mais baratos da Disneylândia foram mantidos nos valores pré-pandemia. “Dois anos atrás, quando retornei [como CEO], triplicamos o número de dias com ingressos de menor preço disponíveis”, disse.

A fala ocorre após um relatório do Wall Street Journal apontar que, desde o final de 2023, o percentual de visitantes que planejam retornar aos parques Disney tem diminuído. Iger, no entanto, negou queda na demanda. “Com pontuações de satisfação elevadas e alta intenção de visita, nossos parques seguem como a oferta mais popular do setor e um negócio de crescimento sólido”, afirmou.

“Na divisão de cruzeiros, a Disney planeja dobrar sua capacidade”

A ampliação dos parques inclui a maior expansão já feita no Magic Kingdom, com novas áreas baseadas no filme Carros e em vilões clássicos da Disney. Questionado sobre a possibilidade de expandir a rede de resorts Aulani, Iger descartou a ideia. Na divisão de cruzeiros, a Disney planeja dobrar sua capacidade. Além do recente lançamento do Disney Treasure, sete novos navios estão em desenvolvimento, incluindo dois previstos para este ano. Um deles, o Disney Adventure, terá Cingapura como base, marcando a expansão da empresa na Ásia.

“A Disney está focada em três pontos: proteger sua propriedade intelectual, respeitar os criadores e valorizar os clientes”

Iger também destacou os investimentos em tecnologia, apresentando os droids animatrônicos “BDX” da Disney Imagineering. Segundo ele, os robôs, que conseguem se mover em terrenos irregulares e imitar emoções humanas, estarão no filme The Mandalorian and Roku, previsto para 2026, e futuramente nos parques temáticos.

Sobre inteligência artificial, o executivo evitou detalhar o uso da tecnologia na empresa. “Pode ser a ferramenta mais poderosa que já vimos”, disse. Ele afirmou que a Disney está focada em três pontos: proteger sua propriedade intelectual, respeitar os criadores e valorizar os clientes.