Petrobras: UBS BB reduz preço-alvo, mas reitera compra: “menos óbvio, mas gostamos”

Sede da Petrobras 9/03/2020 REUTERS/Sergio Moraes

Os analistas do UBS BB cortaram o preço-alvo das ações da Petrobras (PETR4) de R$ 51 para R$ 49, mas reiteraram recomendação de compra para os papéis, conforme relatório enviado a clientes nesta segunda-feira. Apesar do corte, o preço ainda representa um “upside” potencial (de valorização) de 33%.

Matheus Enfeldt e equipe ressaltaram que há um maior risco, mas reiteram compra por conta de dividendos e crescimento.

Os analistas ainda destacaram que o investimento acima do guidance em 2024 elevou a percepção de risco sobre as ações, e concordam que foi um problema, mas ponderaram que investidores ficaram excessivamente pessimistas quanto a capex (investimentos em capital).

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Defendendo a recomendação de compra, eles argumentaram que os dividendos permanecem em um nível atrativo e com um prêmio em relação a outras grandes empresas e nomes nacionais, embora menos do que antes.

Para os analistas, o rendimento de dividendos de 13% para 2025 continua atraente, embora seja um prêmio mais suave. Com esta atualização, cortaram as estimativas de FCF (fluxo de caixa livre) e, como resultado, a sua previsão de dividendos para 2025 para 13,2% (dos quais 2% de extraordinários), ante cerca de 16,5%.

“Ainda vemos 13,2% como atraente, com diferença para o consenso entre as grandes empresas europeias em 2,6 pp (pontos percentuais) e para as dos EUA em 6,2 pp, ambos em linha com as médias históricas”, avaliam os analistas.

Além disso, dentro da cobertura do UBS no Brasil, a Petrobras tem o terceiro maior rendimento para 2025, mas sinaliza que o FCF e os dividendos da Petrobras são correlacionados ao dólar.

Na visão dos analistas, também há um crescimento significativo da produção para 2025 e 2026 que parece não estar precificado, enquanto as eleições, embora ainda seja cedo, podem abrir oportunidades.

“Menos óbvio, mas ainda gostamos da Petrobras”, afirmaram.

“Achamos que é muito cedo falar sobre eleições, mas uma possível reclassificação pode ser um gatilho. As eleições, que normalmente começam a dominar as discussões cerca de 12 meses antes, já se tornaram uma questão dos investidores, quase 2 anos antes desta vez. As ações da Petrobras normalmente se destacam dos pares entre 2 e 3 meses antes da eleição, mas isso pode ser antecipado se houver fluxos para o Brasil mais amplamente antes disso. Achamos que uma possível reclassificação pode trazer uma valorização de 20-70% para as ações, embora atualmente vejamos isso como opcionalidade e ainda não um motivo para possuir os ativos”, apontam.

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