Ex-miss Goiás: quem é a foragida suspeita de deixar homem impotente

Goiânia – Uma falsa enfermeira de Goiás é procurada pela Interpol após ser denunciada por quatro pacientes por lesão corporal. De acordo com a Polícia Civil de Goiás (PCGO), um dos pacientes perdeu a funcionalidade do pênis após realizar um preenchimento íntimo com a mulher, identificada como Luana Nadejda Jaime, de 45 anos.

A mulher, que segundo a PCGO, não tem habilitação para atuar com procedimentos estéticos invasivos, se apresentava nas redes sociais como professora de estética, Miss Goiás e Miss Brasil Celebrity Continente Del Mundo. Ela chegou a viajar para o Peru para representar o país, em outubro do ano passado, quando venceu a competição internacional.

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Ela é procurada pela Interpol e deve responder a diversos crimes

Luana chegou a vencer competições internacionais
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A mulher se apresentava como enfermeira

Reprodução/Redes sociais

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Ela é procurada pela Interpol e deve responder a diversos crimes

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Luana chegou a vencer competições internacionais

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Além disso, a suspeita era considerada presença VIP em concursos de miss e gravava vídeos para convidar outras mulheres. Com vestidos glamourosos, faixa de miss e coroada, ela promovia a sua participação nos eventos. “A minha bandeira é igualdade social e igualdade de gênero. E quero representar muito bem a beleza brasileira”, disse a ex-miss, em vídeo publicado nas redes sociais.

Investigada

Segundo a Polícia Civil, a suspeita se apresentava como enfermeira e atuava no Studio Estética Luana Jaime, em Goiânia. Em 2024, os agentes realizaram buscas no local e encontraram diversas fotos de preenchimentos íntimos em celulares, que foram apreendidas, além de reclamações de pacientes.

Após a investigação, ficou constatado que o diploma de enfermagem apresentado por Luana é falso. Segundo o Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren), ela não possui registro profissional.

Ainda segundo a PCGO, ao saber que foi denunciada, Luana fugiu do país. A Justiça expediu pedido de prisão preventivo contra ela, que não foi encontrada e, por isso, é considerada foragida. A mulher é procurada pela Interpol.

Em nota, a defesa de Luana Jaime disse que ela nunca esteve foragida, pois viajou dois dias antes da prisão preventiva ser decretada, no dia 10 de dezembro de 2024. A defesa pontuou ainda que irá pedir a revogação do mandado de prisão, que será apresentada nos atos processuais.

Beleza sem BO

Na última sexta-feira (21/3), a PCGO deflagrou a Operação Beleza Sem BO por meio da qual decretou a prisão preventina de Maria Silvânia Ribeiro da Silva, de 39 anos, que também se apresentava como enfermeira e realizava procedimentos estéticos sem autorização.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Débora Melo, as investigações começaram a partir da internação de duas pacientes da mulher, submetidas a procedimentos nos glúteos, na clínica Lunar Espaço de Estética Corporal, em Aparecida de Goiânia, em dezembro de 2023.

Após tomarem conhecimento do caso, os policiais e a Vigilância Sanitária de Aparecida de Goiânia foram até a clínica e encontraram irregularidades. Na delegacia, a suspeita declarou que havia feito biomedicina on-line e uma pós-graduação com Luana Nadejda Jaime. A partir disso, uma investigação também foi iniciada contra Luana.

Conforme a delegada, em 2024, as duas clínicas foram interditadas, no entanto, as mulheres continuaram oferecendo serviços nas redes sociais, como novos diplomas falsos.

No final de 2024, um homem que teve complicações após realizar um preenchimento no órgão genital na clínica de Luana denunciou o caso. Ele alegou ter perdido a funcionalidade do membro.

Após a prisão de Silvânia, a polícia procura por Luana. “Ela está foragida. O mandado de prisão está com a Interpol e temos notícias de que ela está na Europa, mas onde especificamente nós não sabemos”, afirmou a delegada.

Outro caso

Em 2014, Luana Nadejda Jaime foi absolvida da acusação de ter matado a amiga, Gilvânia Lima de Oliveira, em Anápolis, no dia 3 de dezembro de 2000, segundo Ministério Público de Goiás (MPGO). A decisão foi da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO).

De acordo com o Ministério Público, o caso já foi arquivado pela Justiça. O órgão afirmou ter ido até a última instância recursal, junto ao Supremo Tribunal Federal, em 2015, mas o pedido para reverter a decisão de absolvição não foi atendido.

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