Média salarial no Brasil: IBGE revela valores impressionantes dos estados

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou um aumento de 3,7% no rendimento médio dos trabalhadores em 2024, comparado ao ano anterior. No entanto, essa média nacional esconde disparidades regionais significativas.

Enquanto o Distrito Federal lidera com os maiores salários devido ao setor público, o Maranhão registra os menores valores, destacando a desigualdade econômica no país.

O rendimento médio dos trabalhadores brasileiros foi de R$ 3.225 mensais em 2024, valor que representa um aumento de 10,1% desde que o IBGE iniciou a coleta desses dados em 2012.

Contudo, regiões do Norte e Nordeste, como Amazonas e Roraima, viram uma queda nos rendimentos, o que reflete disparidades históricas e estruturais.

Brasil apresenta alta na média dos salários, mas desigualdades entre as regiões persistem – Imagem: Isabela Kronemberger/Unsplash

Desigualdade em números

O Maranhão permanece com os salários mais baixos, ao apresentar, em média, R$ 2.049, menos da metade do que os trabalhadores em São Paulo, que registraram R$ 3.907. Essa diferença ressalta a necessidade de políticas públicas adaptadas às realidades regionais para combater a desigualdade econômica.

O economista Rodolpho Tobler, do FGV IBRE, explica que a alta informalidade no Norte e Nordeste, com taxas superiores a 50% em alguns estados, contribui para os baixos salários.

Além disso, a economia dessas regiões é mais voltada para serviços e menos industrializada em comparação com o Sul e Sudeste do Brasil.

O rendimento domiciliar per capita no Brasil subiu 9,3% em 2024, ao atingir R$ 2.069, segundo o IBGE. Essa média, embora positiva, esconde variações significativas entre os estados. Confira o ranking completo:

  1. Distrito Federal: 5.043

  2. São Paulo: 3.907

  3. Paraná: 3.758

  4. Rio de Janeiro: 3.733

  5. Santa Catarina: 3.698

  6. Rio Grande do Sul: 3.633

  7. Mato Grosso: 3.510

  8. Mato Grosso do Sul: 3.390

  9. Espírito Santo: 3.231

  10. Goiás: 3.196

  11. Rondônia: 3.011

  12. Minas Gerais: 2.910

  13. Amapá: 2.851

  14. Roraima: 2.823

  15. Tocantins: 2.786

  16. Rio Grande do Norte: 2.668

  17. Acre: 2.563

  18. Pernambuco: 2.422

  19. Alagoas: 2.406

  20. Sergipe: 2.401

  21. Amazonas: 2.293

  22. Paraíba: 2.287

  23. Pará: 2.268

  24. Piauí: 2.203

  25. Bahia: 2.165

  26. Ceará: 2.071

  27. Maranhão: 2.049

Assim, a desigualdade de rendimentos observada destaca a importância de políticas públicas eficazes que considerem as especificidades de cada região. Segundo Tobler, é essencial que o Brasil invista em infraestrutura, educação e saúde para promover um crescimento mais equitativo.

A recuperação econômica de 2024, evidenciada pelo aumento na renda média, é um passo positivo, mas ainda há um longo caminho a percorrer para garantir uma distribuição de renda mais justa.

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