Trump lança stablecoin para concorrer com Tether e arrecada meio bilhão

O presidente dos EUA, Donald Trump, lançou nesta semana sua própria stablecoin, um dólar do setor privado em forma de criptomoeda: a USD1. Portanto, o presidente está oficialmente concorrendo com a Tether, emissora da USDT e maior stablecoin do mercado cripto.

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A stablecoin de Trump tem o dólar como lastro. Assim, como a grande maioria das outras stablecoins, a criptomoeda tem paridade 1:1 com a moeda soberana dos EUA.

Além disso, a stablecoin faz parte da iniciativa cripto do presidente, que chama-se World Liberty Financial (WLF). É uma empresa voltada para produtos de finanças descentralizadas (DeFi), que tem Trump como “Chief Crypto Advocate”.

A moeda digital já está ativa nas blockchains Ethereum e Binance Smart Chain, apesar de ainda não ser negociável. Embora não exista um anúncio oficial sobre a estreia do token, o ex-CEO da Binance, Changpeng Zhao (CZ), revelou a existência do ativo ao compartilhá-lo com seus mais de 10 milhões de seguidores no X (antigo Twitter).

Em resposta, o perfil oficial do WLF confirmou implicitamente a legitimidade da moeda e alertou: “USD1 não está atualmente disponível para negociação. Cuidado com golpes e acompanhe nossos canais oficiais”.

O que é o WLF?

O World Liberty Financial é um verdadeiro projeto familiar. Barron Trump, Eric Trump e Donald Trump Jr. são listados como “Web3 Ambassadors”.

O magnata do setor imobiliário Steve Witkoff, aliado de longa data do ex-presidente, aparece como cofundador ao lado dos filhos, Alex e Zach.

Completam o time os desenvolvedores Zak Folkman e Chase Herro, que ganharam fama por seu envolvimento no projeto Dough Finance, alvo de ataque hacker em julho de 2023, resultando na perda de US$ 2 milhões.

Apesar do site da WLF ainda fornecer poucas informações técnicas, o “gold paper” (versão alternativa do tradicional white paper) informa que a plataforma quer ser uma “central” de acesso a aplicativos DeFi, como exchanges descentralizadas e serviços de empréstimo e staking.

Polêmica e influência

O projeto já arrecadou US$ 550 milhões em vendas de tokens WLFI, criptomoeda nativa do ecossistema. O token garante direito a voto sobre decisões de governança da futura plataforma e representa o “poder político” dentro do universo criado por Trump.

A entrada maciça de investidores, incluindo o controverso bilionário Justin Sun, que comprou US$ 75 milhões em WLFI mesmo sendo alvo da SEC, levantou preocupações éticas.

Especialistas alertam que a criptomoeda pode ser usada como ferramenta de influência política. Com Trump novamente em evidência e envolvido na corrida presidencial de 2024, a convergência entre política, tecnologia e dinheiro digital está mais explícita do que nunca.

O World Liberty Financial já lançou também NFTs e planeja integrar o ecossistema com outros produtos, como plataformas de staking, serviços de crédito e carteiras digitais. Ao contrário de políticos que mantêm distância do universo cripto, Trump parece disposto a fincar bandeira no setor.

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