Chá de planta controla colesterol e ajuda a “limpar” gordura do fígado

A hora do chá pode ser mais que um momento relaxante. Diante das propriedades da maioria das plantas e especiarias usadas nas infusões, as bebidas podem ser grandes aliadas para a saúde. Este é o caso do cardo-mariano, planta amplamente conhecida por seus benefícios medicinais, especialmente para aqueles que buscam tratamento contra a esteatose hepática, ou seja, o excesso de gordura no fígado.

Buscando investigar as vantagens do chá de cardo-mariano e suas propriedades terapêuticas, a coluna Claudia Meireles recorreu ao nutricionista Everton Batista. O especialista revela que a planta contém um composto chamado silimarina, que além de ajudar a rejuvenescer as células hepáticas, também protege o organismo de outras condições.

Entenda

  • O cardo-mariano (Silybum marianum) é formado por um complexo de flavonolignanas — conhecido por silimarina —, composto por silibina, silicristina e silidianina. De acordo com o profissional, essas substâncias juntas são capazes de assumir funções antioxidantes, anti-inflamatórias e de imunomoduladores, ou seja, fortalecendo o sistema imunológico.​
  • Além dos benefícios para a saúde hepática, Everton reforça que a planta, reconhecida na literatura científica como um “remédio natural”, tem efeitos positivos na melhora do controle glicêmico em pacientes com diabetes tipo 2.
  • Para quem está em busca de equilibrar os níveis de colesterol, tomar uma xícara do chá também pode fazer toda a diferença. O nutricionista chama atenção para o papel da silimarina na diminuição dos níveis de colesterol total e LDL, conhecido como “colesterol ruim”, contribuindo para a saúde cardiovascular.​
  • Investigando a fundo os benefícios do cardo-mariano, Everton Batista também comenta sobre a ação dos compostos encontrados na planta para inibir o crescimento de células tumorais em certos tipos de câncer. Segundo ele, as propriedades anticancerígenas ainda fazem parte de estudos preliminares, e os efeitos na prática ainda precisam ser melhor explorados.

Entenda como o chá de cardo-mariano pode contribuir para “eliminar” a gordura do fígado

Explorando apenas o impacto do chá para a saúde do fígado, Everton Batista revela como a infusão pode contribuir no caso de pacientes com esteatose hepática.

Imagem colorida de gordura no fígado - Metrópoles
Gordura no fígado pode ocasionar câncer no órgão

Segundo ele, o consumo da infusão está intimamente ligada à diminuição da deposição de lipídios no fígado. “A suplementação com silimarina tem sido associada à melhora da sensibilidade à insulina, fator crucial no manejo da esteatose hepática não alcoólica”, detalha.

Por outro lado, o expert revela que a ação anti-inflamatória e antioxidante do composto também é fundamental para o tratamento do problema. As propriedades da bebida são aliadas poderosas para redução da inflamação e do estresse oxidativo no fígado, contribuindo para a recuperação hepática.​

Nutricionista indica a quantidade de consumo ideal no o dia a dia

Para Everton Batista, a dosagem recomendada do chá, mais especificamente da silimarina, depende de qual condição a pessoa está querendo tratar e como a infusão será apresentada.

“Pensando em um extrato padronizado, geralmente, a dose varia entre 140 mg a 420 mg por dia, dividida em duas ou três administrações. Embora menos comum devido à baixa solubilidade da silimarina em água, recomenda-se consumir duas a três xícaras por dia”, indica.

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A infusão com a planta também é um aliado para quem sofre de diabetes tipo 2 e problemas com colesterol alto

Gravidas e lactantes devem evitar o consumo
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O cardo-mariano possui propriedades benéficas para aqueles que sofrem de esteatose hepática

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A infusão com a planta também é um aliado para quem sofre de diabetes tipo 2 e problemas com colesterol alto

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Gravidas e lactantes devem evitar o consumo

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Além da recomendação da quantidade de consumo, o nutricionista chama atenção para as contraindicações e precauções na adesão da bebida para certos grupos de pessoas.

“Devido à falta de estudos conclusivos sobre a segurança da silimarina em mulheres gestantes e lactantes, a recomendação é evitar o uso. Da mesma forma, é preciso ter atenção às possíveis reações alérgicas a plantas da família Asteraceae. Caso alguém já tenha alergia a plantas como margaridas, crisântemos e ambrósias, é preciso evitar o cardo-mariano por conta do risco de reação alérgica cruzada”, adverte.

Em casos em que os indivíduos façam uso de determinados medicamentos, o expert comenta que a silimarina pode interferir no metabolismo de alguns fármacos, como anticoagulantes e anticoncepcionais orais. “É essencial consultar um profissional de saúde antes de iniciar o uso de alguns chás, sempre”, reforça.

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