Dólar abre em baixa de olho em novos dados aqui e lá fora


No dia anterior, a moeda norte-americana recuou 0,75%, cotada a R$ 5,7087. O principal índice da bolsa de valores avançou 0,57%, aos 132.068 pontos. Notas de dólar.
Dado Ruvic/ Reuters
O dólar abriu em baixa nesta quarta-feira (26), com o mercado na expectativa pela divulgação de novos dados econômicos no Brasil e no exterior.
Por aqui, o destaque fica com as estatísticas do setor externo em fevereiro.
No exterior, a agenda do dia conta com os números de encomendas de bens duráveis e bens de capital nos Estados Unidos.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar
Às 09h01, o dólar caía 0,19%, cotado a R$ 5,6978. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda americana teve baixa de 0,75%, cotada a R$ 5,7087.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,15% na semana;
recuo de 3,51% no mês; e
perda de 7,62% no ano.

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📈Ibovespa
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na véspera, o índice teve alta de 0,57%, aos 132.068 pontos.
Com o resultado, o Ibovespa acumulou:
queda de 0,21% na semana;
avanço de 7,55% no mês; e
ganho de 9,80% no ano.

O que está mexendo com os mercados?
Em sua ata, o Copom reafirmou a sinalização de que a taxa Selic será novamente elevada em seu próximo encontro, no começo de maio, mas em menor intensidade, porque a economia começa a dar sinais de desaceleração. Nas últimas reuniões, o juro subiu um ponto percentual.
“Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de menor magnitude na próxima reunião”, informou o BC.
Para além da próxima reunião, a magnitude total do ciclo de alta dos juros, segundo o BC, será ditada pelo “firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”.
No cenário externo, destaque para a confiança do consumidor dos EUA. O Conference Board disse que seu índice caiu 7,2 pontos, para 92,9 neste mês. Os dados revelam que as famílias estão mais pessimistas em relação ao futuro — de olho nos próximos 12 anos.
Já o Índice da Situação Atual, baseado na avaliação dos consumidores sobre as condições atuais dos negócios e do mercado de trabalho, caiu 3,6 pontos, para 134,5.
Enquanto isso, o Índice de Expectativas, baseado nas perspectivas de curto prazo dos consumidores em relação à renda, aos negócios e às condições do mercado de trabalho, teve queda de 9,6 pontos, para 65,2 — o nível mais baixo em 12 anos.
As tarifas de Trump também voltaram a ocupar um espaço central nas atenções dos mercados financeiros globais no início desta semana.
Na véspera, Trump indicou que cobrará uma tarifa de 25% dos países que comprarem petróleo e gás da Venezuela, mas também indicou que pode ser mais flexível com alguns setores específicos na imposição das tarifas recíprocas, que devem entrar em vigor em 2 de abril.
Trump prometeu impor uma enxurrada de tarifas recíprocas em fevereiro, mas ainda sem dar muitos detalhes. O que se sabe é que as taxas devem ser calculadas para refletir o impacto das tarifas estrangeiras, bem como impostos estrangeiros de valor agregado sobre importações.
Várias reuniões diplomáticas entre os países são esperadas nas próximas semanas para entender como as tarifas vão funcionar. Nos encontros, também deverão ser negociadas isenções ou medidas mais flexíveis.
Os temores são de que, com as tarifas, uma guerra comercial possa se acentuar. E taxas elevadas entre os países tendem a encarecer os preços dos produtos, elevando a inflação e impactando a atividade econômica tanto dos EUA quanto do resto do mundo.
Isso porque tarifas altas sobre a importação de produtos nos EUA podem elevar os preços de bens e serviços dentro do país, pressionando a inflação e diminuindo o consumo. Com essas perspectivas, o mercado segue mais pessimista em relação à maior economia do mundo e aos possíveis impactos globais.
Além disso, o aumento das tarifas pode reduzir o nível de exportações dos países que vendem seus produtos aos EUA, como o Brasil, o que pode impactar a força da atividade econômica do país.
Diante desse cenário, investidores também avaliam dados recentes dos EUA. Na véspera, a pesquisa de índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês), da S&P Global, mostrou que a atividade empresarial norte-americana acelerou sua expansão em março devido a um fortalecimento do setor de serviços.
*Com informações da agência de notícias Reuters

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