Lula quer discutir acordo entre Mercosul e Japão: “Cooperação”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quarta-feira (26/3), que vai pautar o acordo comercial entre o Mercosul e Japão durante a presidência brasileira no bloco, a partir do segundo semestre do ano. A fala ocorreu em declaração à imprensa, após reunião com o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba.

Em sua fala, o petista citou números da balança comercial entre os países e reforçou a necessidade de avançar com o acordo. “Concordamos que o comércio bilateral de US$ 11 bilhões não corresponde ao tamanho de nossas economias. Nossa meta é superar os US$ 17 bilhões registrados em 2011”, destacou o presidente.

“O fórum empresarial realizado nesta manhã ampliou os horizontes para a cooperação com o setor privado. Espero lançar negociações de um acordo com o Japão durante a presidência brasileira do Mercosul no próximo semestre”, completou.


Acordos

  • Durante a visita ao Japão, houve a assinatura de 10 acordos sobre comércio, ciência e tecnologia, indústria, meio ambiente, entre outras áreas.
  • Além disso, em fórum empresarial com a presença de entidades públicas e privadas brasileiras e japonesas, foram firmados 80 instrumentos de cooperação.
  • O presidente Lula e o primeiro-ministro japonês também concordaram em fazer visitas periódicas, a cada dois anos, para ampliar os laços diplomáticos entre os países.

Guerras

Os conflitos na Europa e no Oriente Médio também foram assunto na reunião entre os líderes. Em discurso, Lula citou a morte de um jovem brasileiro que estava preso em Israel e defendeu que as negociações pela paz na Ucrânia envolva todas as partes interessadas.

“Estamos vendo países que simbolizavam a ação democrática sofrendo risco de desestabilização pela função e participação da extrema direita”, afirmou o presidente.

Lula ainda criticou o extremismo, o discurso de ódio e a desinformação, que, para o petista, “solapam as instituições” democráticas.

“O primeiro ministro e eu concordamos que a sustentabilidade, a paz e a democracia são essenciais para o futuro do planeta. O extremismo, o discurso de ódio e as notícias falsas solapam as instituições e fomentam a intolerância. Na Ucrânia, sempre defendi que todas as partes interessadas participem das negociações em prol de uma paz duradoura; por isso, o Brasil e outros países emergentes criaram um grupo de paz”, lembrou.

“A situação no Oriente Médio exige respostas urgentes da comunidade internacional. A recente violação do cessar-fogo soma-se a uma sequência de afrontas aos direitos humanitários”, lamentou Lula.

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