Peregrinação em prol da beatificação de Padre Reus parte rumo a Santa Catarina

Iniciou na manhã desta terça-feira (25) a 10ª edição do Caminho do Sul, peregrinação em prol da beatificação de Padre Reus, e que saiu de São Leopoldo rumo ao Santuário Nova Paulina, na cidade de Nova Trento, em Santa Catarina.

A caminhada partiu do Santuário Sagrado Coração de Jesus – onde está o túmulo de Padre Reus –, logo após celebração realizada pelo bispo da Diocese de Novo Hamburgo, Dom João Francisco Salm, e que contou ainda com a presença do prefeito de São Leopoldo, Heliomar Franco. No local, antes de seguir viagem, o grupo também fez uma oração junto ao túmulo do sacerdote.

FAÇA PARTE DA COMUNIDADE DE SÃO LEOPOLDO NO WHATSAPP

Grupo partiu do Santuário do Sagrado Coração de Jesus nesta terça rumo a Nova Trento



Grupo partiu do Santuário do Sagrado Coração de Jesus nesta terça rumo a Nova Trento

Foto: Priscila Carvalho/GES-Especial

690 quilômetros

Dez peregrinos da região e até de fora do Estado devem cumprir a jornada, que tem 690 quilômetros no total, contando com 25 pontos de paradas previamente organizadas, entre hotéis, pousadas e casas de famílias. A chegada está prevista para o dia 18 de abril, Sexta-feira Santa.

O coordenador da caminhada, Inácio de Oliveira Flores, 74 anos, explica que a projeção é percorrer uma média de 26 quilômetros por dia. Ao chegar em Santa Catarina, mais peregrinos vão se unindo à ação. “A caminhada se encontra com o Caminho das Santas”, conta, mencionando a peregrinação tradicionalmente realizada no estado vizinho nesta época do ano.

LEIA TAMBÉM: Secretaria de Educação emite nota sobre rescisão de contratos com projetos sociais

Pela beatificação

“Eu recebi uma inspiração pra criar esse caminho de peregrinação, e a partir daquele momento eu entrei em missão. Eu tenho o Caminho do Sul como missão, vejo que a peregrinação é o momento que a gente tem para se encontrar com Ele. E é o momento da gente notar quanta gente precisa e quanta gente pode ajudar”, destacou Inácio, que atualmente mora em Presidente Lucena.

“Eu conheço a história de Padre Reus praticamente desde criança. Residi em São Leopoldo por mais de 20 anos”, relatou, citando a soma de esforços para a beatificação do pároco. “Estou lutando e esperando pelo dia que a gente possa ver ele como beato, e termos aqui em São Leopoldo muitas comunidades louvando a agradecendo por isso”.

Saúde, natureza e fé

Antes do grupo partir, integrantes de outras edições da caminhada estiveram na celebração para comemorar os 10 anos de evento. Adair Ferreira Holtz, 83 anos, e Gilberto Carlos Pedron, 77 anos, participaram de várias edições, entre elas, a primeira.

“É muito boa a caminhada. A gente pode ter mais umas horas de oração, porque em todas as paradas que fizemos, nós rezamos. Todos os dias caminhando, pensando em Deus e nos próximos, na nossa comunidade em geral”, disse Holtz. “A gente junta a saúde, a natureza e ter fé, porque é na natureza que tu vê que existe Deus. E uma coisa que a gente aprende caminhando é que a gente é muito consumista, muito egoísta. Temos que trabalhar mais pelo nós, não pelo eu”, complementou Pedron, mostrando o cajado que celebra os 10 anos da primeira ação.

SAIBA MAIS: Obras da Unitec 4 devem ser concluídas em abril no Tecnosinos

Preparação

O casal Clemilson de Pieri Nardi, 48, e Karina Nardi, 45 anos, é de Tubarão (SC) e sempre vai na parte catarinense da peregrinação, mas, neste ano, resolveu participar desde o início, saindo com o grupo já de São Leopoldo. “Conhecemos o Inácio na outra caminhada e como vamos fazer o Caminho de Compostela (uma das peregrinações mais antigas do mundo, até o túmulo do apóstolo Santiago Maior, na Espanha) em agosto com ele, a gente quis fazer essa preparação, aproveitar esse caminho, a convite dele também”, comentou Clemilson.

“Na caminhada eu me encontro”

Moradora de Caxias do Sul, Maria de Fátima Miot Santos, 67 anos, já fez diversas peregrinações, mas é a primeira vez que participa da Caminho do Sul desde o seu começo. “Essa é a mais longa e de mais tempo que eu vou fazer. Eu amo caminhar, porque caminhando eu fico em contato com a natureza. E meu caminho é sempre pra dentro, porque na caminhada eu me encontro”, ponderou, ressaltando os benefícios da atividade. “A gente vai devagar, não pensamos na chegada. A gente aproveita muito a caminhada, não pensamos no final. As amizades que a gente faz, o que a gente aprende, isso é gratificante, maravilhoso.”

Adicionar aos favoritos o Link permanente.