Zelensky afirma que Rússia continua a dizer “não” à proposta de paz

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, voltou a acusar a Rússia de violar o cessar-fogo. Segundo ele afirmou, nesta quarta-feira (26/3), mais de 100 drones russos foram abatidos pelo sistema de defesa aérea ucraniano nas últimas horas.

Zelensky afirmou que o Kremlin continua rejeitando as propostas de paz apresentadas por aliados internacionais.

“Desde 11 de março, há uma proposta dos EUA para um cessar-fogo total, uma interrupção completa dos ataques. E, literalmente todas as noites, com seus bombardeios, a Rússia continua a dizer ‘não’ à proposta de paz dos nossos parceiros”, declarou.

O líder ucraniano acusou Moscou de prolongar o conflito, que já dura três anos no leste europeu. Os ataques de drones lançados pela Rússia causaram danos em diversas áreas de Kiev. Diante da escalada da violência, Zelensky voltou a pedir que os Estados Unidos ampliem as sanções contra Moscou.

Negociações de paz avançam, mas impasse persiste

• Uma nova rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia iniciou-se nessa segunda-feira (23/3) na Arábia Saudita, sob mediação dos Estados Unidos. Após os encontros, ambos os lados concordaram com um cessar-fogo parcial para proteger instalações energéticas estratégicas.
• No entanto, a proposta de um cessar-fogo total continua travada. O líder dos EUA, Donald Trump, tem se posicionado como um entusiasta da ideia, mas sem avanços concretos.
• Zelensky mantém um tom duro contra Vladimir Putin e responsabiliza o Kremlin pela continuidade da guerra. Sob influência de Trump, Washington anunciou novos acordos para interromper ataques no Mar Negro e contra alvos energéticos de ambos os lados. No entanto, não há clareza sobre quando as medidas entrarão em vigor.
• O governo ucraniano afirma que os acordos já estão valendo, mas Moscou condicionou sua adesão à reconexão de bancos russos ao sistema financeiro internacional.

Apesar de a infraestrutura energética da Ucrânia não ter sido atingida recentemente, Zelensky afirmou que as ações russas vão contra o espírito das negociações de paz.