Derico fala sobre fama e revela conselho de Jô Soares: “Você é idiota”

Derico Sciotti, que fez parte do Sexteto do extinto Programa do Jô, revelou detalhes de uma conversa que teve com Jô Soares no passado, que o fez mudar completamente o pensamento sobre sua carreira. “Ele disse pra mim: ‘Para de ser idiota. Você é idiota’”, contou o músico.

Durante entrevista ao podcast Flavio Prado Entre Amigos, o saxofonista, compositor e arranjador explicou que, durante um tempo, se perdeu um pouco com a fama. Ao ser questionado sobre o que queria dizer com isso, Derico explicou que, anos atrás, pensou em seguir em carreira solo já que era “o cara” da banda.

“É a coisa de você se achar mais do que você é. Em 1992/1993, eu estava com o quinteto e éramos a única banda que tocava todo dia no ar, então a gente podia fazer o que a gente quisesse. As empresas começaram a chamar a gente: ‘Quero a banda do Jô’. A gente pedia um dinheiro e pagavam. todo certo”, começou contando.

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“Eu já fazia aquilo antes. Então eu pensava que, pra que eu ia dividir aquilo com cinco, se eu podia fazer sozinho. Talvez ganhando menos, mas ia fazer uma grana. Porque, na verdade, eu era o cara. Então quando eu não podia, não tinha evento” completou.

Conversa com Jô Soares

No bate-papo, Derico Sciotti revelou que chegou um dia para conversar com Jô no camarim e expôs a situação pra ele. No entanto, foi surpreendido ao ser chamado de “idiota”.

“Eu decidi que ia falar com o Jô. Peguei ele sozinho em um dia no camarim e contei tudo isso e fale que eu achava que eu conseguia fazer sozinho. Paralelamente, eu fazia minha agenda, não dava prioridade ao grupo. E ele ouvindo. Falei que queria ir embora, que estava pedindo demissão e que conseguia tocar a minha vida sozinho”, disse.

E continuou: “Aí ele parou e disse pra mim: ‘Para de ser idiota. Você é idiota. Por que você não aproveita a fama que eu estou te dando de assessor de assuntos aleatórios no programa, pra alavancar a sua carreira de músico? Deixa de ser idiota. Você vai embora de um emprego fixo? Se você sair daqui, daqui seis meses vai ser fatal. Se você for imprescindível, você volta aqui e volta nessa cadeira e fala comigo. Mas você não é. Então volta pro camarim, bota sua roupa e vamos trabalhar’. Eu saí de lá e nunca mais falei sobre isso com ele. Fiquei 28 anos lá e fui entendendo o que ele quis dizer”.

“Isso [o relato] a fama me prejudicou naquele momento, e depois me ajudou. Eu abri os olhos”, complementou.

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