Terá capital, terra e infraestrutura para mais plantas de celulose no país? XP avalia

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Guilherme Nippes, analista de papel e celulose da XP, participou do programa Morning Call da XP e disse que, olhando para o futuro, espera-se um aumento adicional de capacidade de produção de celulose de mais de 11 milhões de toneladas (t) de 2028 até 2032, por conta de novos projetos e expansões na América Latina.

No Brasil, o analista explicou que os projetos de celulose no país esperados estão concentrados em Mato Grosso do Sul, que já possui plantas da Suzano (SUZB3) em Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo, no nordeste do estado.

Parte financeira

“Para fazer um projeto, a primeira coisa que se discute é a parte financeira”, afirmou ele. Ele explica que, na avaliação da XP, entre investimentos na parte industrial e em terras para plantio de eucalipto, são necessários de capex US$ 5,4 bilhões, ou mais de R$ 30 bilhões.

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“É uma capital muito relevante para construção do projeto. Existem empresas capitalizadas para isso, mas acaba impactado na decisão”, ressaltou.

Terras

De acordo com cálculos da XP, as áreas plantadas precisarão quase dobrar para acomodar as capacidades adicionais no estado do Mato Grosso do Sul. O analista disse que grande área de pastagem próxima a regiões onde novos projetos devem sair poderão ser convertidas em plantações de eucalipto.

“As áreas de dedicadas à celulose vão dobrar num horizonte até 2032 (no MS)”, apontou Nippes.

Infraestrutura

No Mato Grosso do Sul, a infraestrutura ferroviária de escoamento da produção de celulose para exportação no porto de Santos já existente não tem restrição para futuro aumento de capacidade, na análise da XP.

Mas e o porto de Santos, que recebe toda a carga de celulose produzida no Mato Grosso do Sul, para embarque ao exterior?  Segundo o analista, existe uma capacidade ociosa no complexo portuário para acomodar o excedente da commodity por conta de novos projetos.

Mesmo assim, a XP avalia que dada a visibilidade limitada das áreas para potenciais novos terminais e uma alta taxa de utilização implícita, a infraestrutura portuária é o principal gargalo enfrentado para a expansão dos projetos de celulose no país.

A casa tem visão positiva e recomendação de compra para as ações de Suzano (top-pick) e Klabin (KLBN11) em Papel e Celulose.

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