Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, tratado por Bolsonaro e seus asseclas como o carrasco número um do bolsonarismo, concedeu prisão domiciliar à cabeleireira Débora dos Santos, que no 8 de janeiro de 2023 escreveu com um batom vermelho na estátua da Justiça em Brasília a frase “Perdeu, Mané”.
Débora estava detida em regime fechado havia dois anos. Os bolsonaristas a usaram como bucha de canhão em defesa da aprovação pelo Congresso de uma anistia que beneficiaria os golpistas e o ex-presidente, inelegível até 2030. A anistia perdeu sua musa. Você, Bolsonaro, perdeu outra vez. Perdeu, mané!
Em evento na sexta-feira (28) na Universidade Estadual do Rio de Janeiro, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), observou a propósito do caso da Débora:
“O Brasil tem a característica que, na hora em que os episódios acontecem, as pessoas têm uma indignação profunda. E depois, na medida em que o tempo passa, elas vão ficando com pena”.
“Não é bom para o país que prevaleça esse tipo de visão. Ninguém gosta de punir, mas a punição é inevitável. Se vai comutar pena mais adiante, é outra discussão”.
Opa! Preste atenção no que disse Barroso: “Se vai comutar pena mais adiante, é outra discussão”. Barroso abriu a porta para a comutação da pena dos golpistas condenados e presos; para a arraia miúda. Para os idealizadores do golpe que ainda serão julgados, não haverá anistia tão cedo. Perderam, manés!
Alexandre de Moraes mandou arquivar o processo sobre fraude no certificado de vacina com o qual Bolsonaro teria livre trânsito nos Estados Unidos. Não restou provado o que o tenente-coronel Mauro Cid contou na sua delação premiada. O carrasco do bolsonarismo não é tão carrasco assim.
A levar-se em conta uma mensagem postada ontem nas redes sociais e avalizada por Eduardo Bolsonaro que a repostou, o pai dele não é e nunca foi um perseguido político pela justiça. Confira o resultado dos processos que Bolsonaro respondeu até aqui:
* Processo movido contra Bolsonaro pela deputada federal Maria do Rosário, do PT: ARQUIVADO;
* Processo movido contra Bolsonaro pelo ex-deputado federal Jean Wyllys, do PT: ARQUIVADO;
* Processo movido contra Bolsonaro pela ex-presidente Dilma Rousseff: ARQUIVADO;
* Processo movido contra Bolsonaro pelo senador Randolfe Rodrigues, do PT: ARQUIVADO;
* Processo movido contra Bolsonaro por ele ter se aproximado de uma baleia enquanto pescava: ARQUIVADO;
* Processo movido contra Bolsonaro por omissão na compra de vacina durante a pandemia da Covid-19: ARQUIVADO;
* Processo das joias: ARQUIVADO;
* Processo do cartão de vacina: ARQUIVADO;
* 14 ações que saíram do STF, 12 foram ARQUIVADAS;
* 7 notícias-crime sobre o 7 de setembro de 2021: ARQUIVADAS;
* 2 queixas-crime sobre difamação e injúria: ARQUIVADAS;
* Inquérito sobre uso de imagens de crianças: ARQUIVADO;
* 2 ações sobre racismo: ARQUIVADAS.
É o que consta da mensagem repostada por Eduardo Bolsonaro. Certamente, Eduardo não seria tão burro para endossar uma mensagem que causasse danos à imagem do seu pai.
Acusada de perseguir Bolsonaro, pai, a justiça agradece ao autor da mensagem e a Eduardo. Perderam, manés!
Todas as colunas do Blog do Noblat