Advogado afirma que empresário não foi racista no Rio Open de tênis

São Paulo — O advogado Marco Aurélio Asseff afirmou neste sábado (29/3) que seu cliente, o empresário Murilo Miyazaki, de Bragança Paulista, no interior de São Paulo, não “proferiu palavras racistas” contra um segurança negro do Rio Open de tênis, no Rio de Janeiro, em fevereiro.

“O mal-entendido ocorreu durante a partida devido à exigência de silêncio. A defesa técnica de Murilo confia em uma solução amigável e negociada para a conclusão do processo”, afirmou.

Como mostrou o Metrópoles, o empresário foi denunciado pelo Ministério Público do Rio (MPRJ) pelo crime de racismo. Um segurança afirmou ter sido chamado por ele de “macaco” durante o evento.

“Carteirada” e xingamentos

Vídeos mostram o empresário dando uma “carteirada” como se fosse juiz e dizendo que poderia prender os seguranças que lhe conduziram para fora do evento.

Miyazaki ainda xingou outras pessoas. “Quer vir aqui? Vamos vir que nós vamos sair no tapa agora. Vai se foder, bando de bosta!”. Cercado de seguranças, em tom irônico, ele diz: “Então, vamos lá, o que aconteceu? A moça ficou… viu, a comunista, sapatão, ficou brava com o quê?”.

Quando conduzido até uma tenda, que, segundo os funcionários, era a ouvidoria do evento, ele negou ter xingado o segurança e a funcionária. “Eu não mandei nada, ela me mandou tomar no cu e eu só revidei. Nunca, eu nunca chamei ninguém de macaco”. Alegou, ainda, que estava embriagado.

Na delegacia, preso em flagrante, ele negou crime de racismo. Um amigo que é promotor de Justiça em Bragança Paulista disse que não o viu proferir os xingamentos.

Funcionários do evento reiteraram que ele xingou as mulheres. Além disso, o segurança afirmou ter ouvido dele a palavra “macaco” após ser xingado por pedir ao empresário que parasse de atrapalhar a partida de tênis em andamento.

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