Número de vítimas de terremoto em Mianmar aumenta mais de dez vezes em um dia


Prejuízos podem ser maiores do que toda a produção econômica anual no país. Serviço Geológico dos Estados Unidos estima que o número total de mortos pode passar de dez mil. Número de vítima de terremoto em Mianmar aumenta mais de dez vezes em um dia.
Reprodução/Jornal Nacional
O número de vítimas do terremoto que atingiu países da Ásia aumentou mais de dez vezes de um dia pro outro. Até agora, autoridades confirmaram 1.644 mortes em Mianmar.
É tragédia das grandes. O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) estima que o número total de mortos pode passar de dez mil.
O cálculo é de que os prejuízos em Mianmar sejam maiores do que toda a produção econômica anual do país.
O governo – uma ditadura militar – disse neste sábado (29) que existe uma grande necessidade de doação de sangue nas áreas mais atingidas.
Além do trauma coletivo, do luto nacional, milhões de moradores estão enfrentando longas horas sem luz.
Em algumas cidades, as pessoas só têm energia elétrica quatro horas por dia. Um desafio a mais para quem trabalha no resgate dos soterrados.
Em Mandalay, segunda cidade mais populosa de Mianmar, mais de 1.500 casas foram danificadas.
A capital também sofreu. Prédios residenciais e templos de Naypitaw estão em ruínas.
Os hospitais não estão conseguindo acomodar todos os pacientes. Os feridos são cuidados ao relento.
O terremoto ocorreu por volta do meio-dia de sexta-feira (28), hora do almoço no horário local, madrugada no Brasil. O epicentro foi bem no meio de Mianmar. O primeiro tremor, bem forte: 7,7 de magnitude. Depois foram vários tremores secundários, incluindo um de magnitude de 6,4.
Neste sábado, equipes estrangeiras começaram a chegar em Mianmar para ajudar na busca por sobreviventes. Países como Índia, China e Rússia foram os primeiros a mandar apoio.
Esses governos enviaram tanto equipamentos de saúde e primeiros socorros, quanto especialistas em resgate. Vai ser um trabalho longo…
Mianmar vive hoje aquele momento delicado nesse tipo de tragédia, de corrida contra o tempo para resgatar quem está nos escombros.
O terremoto foi sentido até na China. Na Tailândia, a capital Bangkok tremeu.
Em uma piscina na cobertura de um prédio, as pessoas estavam aproveitando o dia, até que a água começou a fazer onda. Todo mundo saiu correndo.
A água transbordou e levou as boias junto. Mas o edifício ficou de pé… bem diferente do arranha-céu em construção que despencou.
Até agora, autoridades confirmaram onze mortos em Bangkok.
Dezenas de pessoas continuam desparecidas. Trabalhadores e trabalhadoras que ajudavam a erguer o prédio. As equipes acreditam que pelo menos quinze deles estejam vivos, debaixo dos escombros.
“Tudo o que eu posso fazer é sentar e esperar”, disse Waanpetch.
A enteada da mulher, de 18 anos, ainda não foi encontrada. A sobrinha também está desaparecida.
“Meu coração afundou. Nunca pensei que algo assim pudesse acontecer. Ainda não consigo entender direito. A minha sobrinha… não sei quando vamos encontrá-la. Só posso rezar.”
Tremor na Ásia derruba construções e provoca mortes em Mianmar e na Tailândia
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