Quatro são condenados por tentativa de homicídio no caso da cabelereira Návia

Foram considerados culpados das acusações de tentativa de homicídio os quatro réus do caso da cabeleireira Návia Regina Christan, ocorrido em Tramandaí em 2017. O crime aconteceu quando ela teve a casa invadida por um homem e foi atingida por um tiro no rosto. A vítima ficou com sequelas irreversíveis físicas e cognitivas. No ano seguinte, ela foi executada no seu salão de beleza, no centro da cidade.

Julgamento do caso Návia se encerrou na última sexta-feira | abc+



Julgamento do caso Návia se encerrou na última sexta-feira

Foto: Juliano Verardi/DICOM/TJRS

Foram condenados Silvana Cristan (irmã da vítima), Joares Antonio Pellinson (cunhado da vítima), Rosane de Lima Araújo e Ismael Luiz Santos Soares. Para Silvana e Joares, apontados como mandantes do crime, são atribuídas as qualificadoras de motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. Já Rosane, que seria a intermediadora, e a Ismael, o executor, os crimes são qualificados mediante pagamento ou promessa de recompensa, além de recurso que dificultou a defesa da vítima.

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Penas

  • Silvana Cristan – 18 anos de reclusão em regime fechado. Em razão do quadro clínico da ré, foi mantida a prisão domiciliar dela.
  • Joares Antonio Pellinson – 16 anos de reclusão em regime fechado. Não poderá recorrer em liberdade.
  • Rosane de Lima Araújo – 11 anos, 10 meses e 7 dias de reclusão em regime fechado. Foi decretada a prisão da ré, que já se encontra recolhida ao sistema prisional por outro processo.
  • Ismael Luiz Santos Soares – 17 anos, 9 meses e 10 dias de reclusão em regime fechado. Não poderá recorrer em liberdade.

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Fato

De acordo com a acusação, Silvana, que também era proprietária de um salão de beleza no município, e Joares, seriam os mandantes do crime. Rosane, que era manicure no salão de Silvana, teria contratado o atirador, Ismael, que teria invadido a casa de Maninha, como a vítima era conhecida, e acertado um tiro no rosto dela. Os ferimentos causaram perda de visão de um olho e de parte audição na vítima.

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Em 2018, Návia foi morta com três tiros dentro do salão de beleza dela, localizado no centro da cidade. Silvana, Joares e Rosane respondem pelo homicídio em outro processo criminal, no qual foram pronunciados e deverão ser julgados em outro júri, ainda sem data definida (a ação está tramitando em fase recursal). Dois homens acusados de executar o crime já foram julgados e condenados em 2022.

O motivo do crime seria desentendimentos familiares. Segundo os réus, Návia queria prejudicá-los financeiramente.

*Com informações do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul

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