Renata Castro Barbosa fala sobre voltar às novelas e sonho de ser vilã

Renata Castro Barbosa está vivendo um momento especial em sua carreira. Com 41 anos de trajetória artística, a atriz está no ar na reprise de Tieta, está envolvida com o Festival Humor Contra-ataca, com o podcast PodAmiga, ao lado de Gabriela Duarte, além da peça O Bem Amado.

Em uma entrevista exclusiva à coluna Fábia Oliveira,  Renata celebrou a oportunidade de revisitar uma de suas personagens favoritas na TV. “Sou fã dessa novela [Tieta]. Letícia é uma das minhas personagens preferidas. Serei eternamente grata ao Aguinaldo Silva! Sempre que assisto, volto um pouquinho naquele dia da gravação… É uma nostalgia gostosa”, contou.

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No bate-papo, a artista relembrou os desafios da profissão e como conseguiu manter uma carreira sólida. “Viver de arte nesse país não é para fracos… Tive momentos que pensei em desistir, mas também vivi experiências mágicas. Mesmo depois de tantos anos, ainda me sinto aprendendo e sendo surpreendida pelas oportunidades”, revelou.

Humor e TV

No humor, gênero em que se destacou em produções como A Diarista e Zorra, a atriz disse sentir falta de programas do estilo na TV aberta. “O que mais me incomoda nesse momento sobre o humor, nas TVs, principalmente as abertas, é justamente a falta dele. Para mim está faltando programas de humor. Tivemos tantos e tão incríveis. O humor é fundamental para abrir discussões, levantar assuntos que não se consegue de outra forma. Humor salva, já disse Paulo Gustavo”, disparou.

Sobre os desafios futuros, Renata Castro Barbosa não esconde o desejo de interpretar uma grande vilã. “Quero muito fazer novela de novo! E uma vilãzona daquelas bem controversas!”, disse.

Confira a entrevista completa com Renata Castro Barbosa:

Você está no ar na reprise de Tieta, um clássico da TV. Como é se ver novamente nessa produção tantos anos depois?
Eu estou adorando! Sou fã dessa novela. Letícia é umas das minhas personagens preferidas. Serei eternamente grata ao Aguinaldo Silva! Tenho um carinho especial por ela, e poder rever o que fiz há tanto tempo é delicioso. Sempre que assisto, volto um pouquinho naquele dia da gravação, do que estava passando na minha vida… É uma nostalgia gostosa.

São 41 anos de carreira! Olhando para trás, qual foi o momento mais desafiador da sua trajetória?
Nossa, tive muitos. Viver de arte nesse país não é para fracos… Tive vários momentos que pensei em desistir, de achar que não ia dar certo… E tive momentos mágicos de receber personagens desafiadores, espetáculos incríveis. E mesmo depois desses anos todos ainda me sinto aprendendo e sendo surpreendida pelas oportunidades!

Você começou na TV ainda criança, em Vale Tudo. Como foi crescer nesse meio e manter uma carreira tão sólida?
Não foi fácil. Mas também nunca pensei muito em como faria. Fui pegando as oportunidades, estudando sempre e vivendo… Sempre fui apaixonada pelo meu trabalho. Curiosa e dedicada. E tive pessoas incríveis também que passaram pela minha vida e me ajudaram a não desistir, a seguir em frente. Ninguém chega a algum lugar na vida sozinho. Somos a soma da dedicação, das pessoas que cruzam nossos caminhos, fé e um pouquinho de sorte também! (risos)

O que ainda falta fazer na sua carreira? Tem algum papel ou projeto que você sonha realizar?
Muitos! Tenho um monólogo com o texto da Martha Mendonça, que estou louca para fazer e subir no palco sozinha. É um desafio pra mim. Ainda quero fazer mais cinema… Quero fazer novela de novo. Já tem um tempão que não faço… E uma vilãzona! Adoraria fazer uma daquelas bem controversas! Ainda quero fazer muita coisa!

Você tem uma longa trajetória no humor, desde A Diarista até o Zorra. O que mudou no humor televisivo de lá para cá?
Não sei se foi o humor que mudou. Acho que a sociedade mudou. E como o humor, pra mim, é um reflexo dessa sociedade, ele acaba mudando também. Mas o que mais me incomoda nesse momento sobre o humor, nas TVs, principalmente as abertas, é justamente a falta dele. Para mim está faltando programas de humor. Tivemos tantos e tão incríveis. O humor é fundamental para abrir discussões, levantar assuntos que não se consegue de outra forma. Humor salva, já disse Paulo Gustavo!

Você tem preferência entre atuar no humor ou no drama, ou gosta de transitar entre os dois?
Gosto de contar história! Adoro fazer rir. O som da gargalhada é um dos meus sons preferidos. Mas sou inquieta e gosto de poder fazer de tudo.

A Gislene, de A Diarista, foi um dos seus papéis mais marcantes. Você ainda recebe mensagens do público sobre ela?
Sempre! A bigoduda, é como sempre falam dela comigo. O programa era delicioso! E a rixa dela com a Marinete era maravilhosa! Com essa personagem, caí de varanda, atravessei o corredor de supermercado deitada num carrinho… vivi as maiores loucuras da minha carreira nesse programa! E gravei grávida e logo após ter tido o João, o que faz ser mais especial ainda pra mim. Era bom demais!

O Festival Humor Contra-ataca está na segunda edição. Como surgiu a ideia desse projeto?
Foi um convite da Guacira Abreu, programadora, e do Bernardo Amaral, diretor do Qualistage. Eles queriam trazer humor para uma casa que era mais conhecida pela música. Foi um super desafio para mim. Estar nos bastidores, escolher quem convidar… Uma casa com 3.000 lugares… E ainda tivemos a ideia das aberturas, que são artistas que estão ou começando ou há bastante tempo na estrada, mas que muita gente ainda não conhece… É uma responsabilidade enorme e dá um trabalhão, mas acho que conseguimos! Estamos na segunda edição e com sucesso, então…

O PodAmiga tem feito sucesso com histórias divertidas. Qual foi a dupla mais inusitada que vocês receberam até agora?
Todas as duplas que recebemos até agora têm histórias incríveis. Tem sido divertido demais! Não acho que tivemos uma dupla inusitada, mas tivemos de tudo. Melhores amigas de infância, amigos de trabalho que não se desgrudam, amigos novos que parecem se conhecer a vida toda, amigos que se odiavam quando se conheceram, galã que tem o melhor amigo gay e que as pessoas não entendiam a amizade…. O que tem sido mais gostoso de ver é que não importa como sejam as duplas, a amizade é sempre o que salva a vida de todos nós.

Você está no elenco de A Magia de Aruna, da Disney+. Como foi interpretar a mãe da protagonista e entrar nesse universo infantojuvenil?
Para mim foi uma delícia! Na verdade, foi como voltar no tempo. Eu já tinha feito “Caça Talentos”, novelinha da Angélica que era nessa mesma pegada. Infantojuvenil e com magia, então foi como voltar para casa! A série é maravilhosa! Texto, direção, elenco e equipe impecáveis! E a Jamilly Mariano, que faz minha filha, é uma atriz incrível e uma super parceira de cena. Acho que merecia uma segunda temporada!

Com tantos projetos em andamento, como você concilia vida pessoal e profissional?
É complexo! Às vezes fico que nem o artista de circo, rodando pratinhos, mas sempre dá jeito. Amo meu trabalho, então quando estou trabalhando estou feliz e a família entende isso e vem junto para onde dá. Agora com o João (meu filho) mais velho, com 19 [anos], fica mais fácil. Quando ele era pequeno, aí sim era de enlouquecer! Mas se organizar direitinho, as coisas se ajeitam! Se estou na correia é porque tenho trabalho e família, então não tenho como reclamar. É benção!

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