BlackRock alerta: dólar pode ser substituído pelo Bitcoin

Em um pronunciamento aos acionistas, Larry Fink, CEO da BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, alertou em sua carta anual aos acionistas que o dólar americano corre o risco de perder seu status de moeda reserva global para o Bitcoin.

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A declaração publicada nesta segunda-feira (31) reflete preocupações crescentes com a escalada da dívida pública dos Estados Unidos. Além do avanço das criptomoedas como alternativas ao sistema financeiro tradicional.

A BlackRock gerenciando quase US$ 10 trilhões em ativos e sendo uma das principais players no mercado de ETFs de Bitcoin. As palavras de Fink reacendem o debate sobre o futuro do dólar e o papel do Bitcoin na economia global.

O alerta de Larry Fink

Na carta anual aos acionistas, Larry Fink destacou a crescente ameaça que o Bitcoin representa para o domínio do dólar como moeda reserva mundial.

“O dólar tem se beneficiado de seu status de moeda reserva global por décadas. Mas isso não está garantido para sempre”, escreveu Fink, conforme reportado pela CoinDesk.

Ele apontou dois fatores principais para essa preocupação. O primeiro é a dívida pública dos EUA, que atingiu níveis recordes. E o segundo, o avanço do Bitcoin como um ativo digital que desafia as moedas fiduciárias tradicionais.

Fink, que já havia expressado apoio a ativos digitais no passado, enfatizou que a BlackRock não é cega aos riscos que o Bitcoin representa para a economia americana. “Se os EUA não controlarem sua dívida nacional, correm o risco de perder sua vantagem econômica para o Bitcoin”, alertou.

A declaração foi acompanhada por uma análise do impacto da dívida pública americana, que, segundo o U.S. Treasury Fiscal Data, ultrapassou 100% do PIB em 2013 e continua a crescer, com projeções do Congressional Budget Office (CBO) indicando que a dívida federal pode chegar a 122% do PIB até 2034, conforme destacado na imagem compartilhada por Preston Pysh no X.

Contexto da dívida americana e o crescimento do Bitcoin

A preocupação de Fink com a dívida pública dos EUA não é nova, mas ganhou urgência em 2025. A dívida federal americana é o resultado de déficits orçamentários acumulados, quando os gastos do governo excedem as receitas.

Em 2013, a relação dívida/PIB dos EUA ultrapassou 100%. Em 2025, o CBO projeta que a dívida pública chegará a US$ 36,2 trilhões até o final do ano, com gastos anuais de US$ 962 bilhões apenas em juros. Desse modo, superando os orçamentos de defesa e saúde, conforme a imagem compartilhada por Pysh.

Enquanto isso, o Bitcoin tem ganhado força como uma alternativa ao sistema financeiro tradicional. O preço do Bitcoin hoje negocia a US$ 88 mil, com um valor de mercado total de criptomoedas superior a US$ 3,5 trilhões, segundo o CoinMarketCap.

Não somente isso, mas o Bitcoin também é um ativo com escassez programada. Ou seja, enquanto os EUA se endividam com dinheiro que ele mesmo irá emitir tempos depois, o Bitcoin tem uma emissão controlada a cada 10 minutos.

A BlackRock, que lançou o iShares Bitcoin Trust (IBIT) em janeiro de 2024, viu seu ETF de Bitcoin se tornar o mais bem-sucedido da história da classe de ativos.

Assim, acumulando quase US$ 50 bilhões em ativos, com metade desse montante vindo de investidores de varejo. Além disso, o fundo tokenizado da BlackRock, o BUIDL, está a caminho de se tornar o maior do mercado, reforçando a aposta da gestora em ativos digitais.

Histórico de Larry Fink e o Bitcoin

Larry Fink não é um novato no debate sobre criptomoedas. Em 2020, ele já havia feito declarações otimistas sobre o Bitcoin. Ele afirmou que a criptomoeda “pode evoluir para um mercado global” e que tem um “impacto real no dólar americano”, tornando a necessidade do USD “menos relevante”.

Na época, Fink destacou que o Bitcoin poderia substituir o ouro como reserva de valor e hedge contra a desvalorização de moedas fiduciárias. Uma visão compartilhada por investidores como Paul Tudor Jones e Stan Druckenmiller.

A BlackRock intensificou sua aposta no Bitcoin nos últimos anos. Em 2024, o lançamento do iShares Bitcoin Trust (IBIT) marcou um ponto de virada, atraindo investidores institucionais e de varejo.

A gestora também tem explorado a tokenização de ativos, com o fundo BUIDL, que utiliza blockchain para oferecer maior transparência e eficiência em investimentos.

A declaração de Fink em 2025, no entanto, é a mais contundente até agora. Portanto, sugerindo que o Bitcoin não é apenas uma alternativa ao ouro, mas uma ameaça direta ao dólar como moeda reserva global.

O papel da BlackRock no mercado cripto

A BlackRock tem desempenhado um papel central na adoção institucional do Bitcoin. O iShares Bitcoin Trust (IBIT), lançado em janeiro de 2024, rapidamente se tornou um sucesso, acumulando US$ 50 bilhões em ativos em pouco mais de um ano.

O fundo atraiu tanto investidores de varejo quanto institucionais. Desse modo, beneficiando-se da aprovação de ETFs de Bitcoin à vista pela Securities and Exchange Commission (SEC) em 2024, um marco que abriu as portas para o capital institucional.

Além disso, a BlackRock tem explorado outras aplicações de blockchain. Como o fundo tokenizado BUIDL, que permite a investidores negociar ativos reais em uma blockchain, oferecendo maior transparência e eficiência.

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