Entregadores de aplicativos promovem motociata para reivindicar melhor remuneração

Os entregadores e motoristas de aplicativo estão se mobilizando nesta segunda-feira (31) para reivindicar melhores condições de trabalho e de remuneração. O ato faz parte do Breque Nacional dos Apps, paralisação organizada em todos o país para chamar a atenção para os valores repassados aos trabalhadores pelas plataformas. 

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Entregadores de aplicativos participam do Breque Nacional dos Apps. Mobilização em Canoas foi na Avenida Getúlio Vargas



Entregadores de aplicativos participam do Breque Nacional dos Apps. Mobilização em Canoas foi na Avenida Getúlio Vargas

Foto: Paulo Pires/GES

Atualmente, a taxa de entrega varia entre R$ 3,80 a R$ 6,50, dependendo do aplicativo, de acordo com Sindicato dos Motociclistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindimoto-RS). A proposta é aumentar a taxa mínima entre R$10 e R$ 15 até três quilômetros rodados. Um acréscimo que pode chegar a 130% na remuneração por entrega. 

“Isso está mais do que certo que é uma exploração. Isso é insuficiente para o orçamento da nossa família. Nós não conseguimos sustentar a nossa família com esse valor do nosso trabalho. É uma melhoria em valorização do nosso trabalho porque do jeito que está é desumano, é indigno”, define o delegado sindical do Sindimoto-RS, Douglas Benites.

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A mobilização começou em Canoas, na Avenida Getúlio Vargas, próximo a passarela da rua Domingos Martins, no Centro. O local é o ponto de descanso dos motoboys e motogirls da cidade por estar próximo a redes de fast-food, supermercados e postos de gasolina. O ato também reuniu trabalhadores Gravataí e Cachoeirinha, e demais municípios da região rumo a Porto Alegre. 

O ponto de chegada é no Shopping Praia de Belas, em frente ao Hub do iFood, para uma nova manifestação. Todo o trajeto é acompanhando pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), Brigada Militar (BM) e Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). 

Reunião com empresa

Na parte da tarde, os trabalhadores devem se reunir com o aplicativo Uber, segundo o delegado sindical. O encontro extrajudicial será no Tribunal Regional do Trabalho  da 4ª Região (TRT4). “De todas as empresas que foram oficializadas, somente não adiou a mediação no tribunal. As outras empresas entenderam que precisam de mais tempo para entender o que está acontecendo. Já os trabalhadores entendem que é urgente a negociação”, afirma Benites. 

Toda a paralisação também conta com a participação dos motoristas de aplicativo. Para um dos representantes do sindicato dos motociclistas, esta parceria demonstra o que as categorias têm em comum. “Por uma questão das plataformas digitais, essas empresas atuais que não respeitam a legislação trabalhista, então nós vamos ter essa conexão. Até porque o ambiente de trabalho que nós compartilhamos é o asfalto, são as vias públicas. O que fica evidente é que a união faz a força”, completa.

Confira a mobilização

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